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Somente Michelle Obama poderia derrotar Trump nas eleições, de acordo com pesquisa

Por Folha de São Paulo

03/07/2024 17h15 — em
Mundo



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Michelle Obama, esposa do ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama, superou Donald Trump por 11 pontos percentuais em uma possível disputa, marcando 50% contra 39% de acordo com uma pesquisa da Reuters/Ipsos. A ex-primeira dama já disse várias vezes que não pretende concorrer à Presidência.

A mesma pesquisa mostra que um em cada três democratas acha que o atual presidente, Joe Biden, deveria encerrar sua candidatura à reeleição após o debate da semana passada contra Trump.

O levantamento revelou que tanto Trump, 78, quanto Biden, 81, marcam 40% entre eleitores registrados para votar, sugerindo que o atual presidente dos EUA não perdeu terreno desde o debate.

Entretanto, uma pesquisa divulgada nesta quarta (3) pelo jornal The New York Times aponta o cenário oposto: de acordo com esse levantamento, o republicano ampliou sua vantagem sobre o democrata para nove pontos percentuais depois do confronto na televisão --agora, Trump marca 49% das intenções de voto entre eleitores registrados, e Biden, 41%. Quando se considera os eleitores que o jornal considera "prováveis votantes", o resultado é de 49% para Trump e 43% para Biden.

A piora de Biden nas pesquisas também foi capturada pelo jornal The Wall Street Journal, cujo levantamento mostra Trump na frente, com 48% das intenções de voto, e Biden perdendo espaço, com 42%.

De acordo com a pesquisa da Reuters, entre os democratas entrevistados, 32% afirmaram à pesquisa que Biden deveria desistir de sua candidatura à reeleição após o debate, no qual o presidente gaguejou, não concluiu frases e se demonstrou confuso e vacilante frente a Trump.

O New York Times obteve respostas ainda piores para Biden: 47% dos democratas ouvidos pelo jornal acham que o partido deveria trocar de candidato, número que sobre para 72% quando a pergunta é feita a eleitores independentes.

Trump enfrenta suas próprias vulnerabilidades políticas, embora os casos criminais relacionados às suas tentativas de reverter sua derrota em 2020 estejam suspensos.

Os eleitores democratas sempre tiveram dúvidas sobre a candidatura de Biden. Em uma pesquisa da Reuters/Ipsos realizada em janeiro, enquanto a disputa pela indicação do partido ainda estava em andamento, 49% dos democratas disseram que ele não deveria concorrer novamente em 2024.

Biden prometeu permanecer na corrida. Se ele sair, contudo, os democratas cujos nomes surgem como possíveis substitutos tem resultados apenas um pouco melhores, com exceção de Michelle Obama.

A vice-presidente Kamala Harris, por exemplo, ficou atrás de Trump por um ponto percentual, 42% a 43%, uma diferença que estava dentro da margem de erro de 3,5 pontos percentuais da pesquisa da Reuters. Vale lembrar, entretanto, que as pesquisas foram feitas sem que haja uma campanha aberta a favor de Harris.

Kamala Harris saiu da sombra de Biden nos últimos meses, tornando-se uma voz importante no governo em defesa dos direitos ao aborto. A pesquisa da Reuters/Ipsos revelou que 81% dos eleitores democratas tinham uma visão favorável de Harris, em comparação com 78% que viam Biden da mesma forma.

Biden foi considerado muito velho para trabalhar no governo por 59% dos democratas, uma leitura semelhante aos resultados de uma pesquisa de janeiro.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, uma estrela em ascensão no Partido Democrata que muitos observadores esperam que possa buscar a Presidência em uma eleição futura, teve um desempenho ligeiramente pior, ficando atrás de Trump por 39% a 42%.

A governadora do Michigan, Gretchen Whitmer, ficou atrás de Trump por 36% a 41%, enquanto o governador de Illinois, J.B. Pritzker, teve 34% de apoio em comparação com os 40% de Trump.


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