O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, condenou o ataque russo à capital da Ucrânia, Kiev, realizado nesta quinta-feira (24). Em publicação nas redes sociais, ele classificou a ofensiva como "desnecessária" e afirmou que o bombardeio compromete os esforços para um cessar-fogo mediado pelos EUA. “Vladimir, PARE!”, escreveu Trump, em referência ao presidente russo, Vladimir Putin.

Bastidores da Política - Lula tem razão: Israel está matando palestinos indiscriminadamente

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Lula tem razão: Israel está matando palestinos indiscriminadamente

A ofensiva com mísseis e drones deixou ao menos nove mortos e 63 feridos, segundo autoridades ucranianas. O ataque atingiu ao menos quatro bairros residenciais de Kiev e foi considerado por o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, como “um dos mais absurdos” desde o início da guerra. Há crianças entre as vítimas. O governo russo disse que a operação mirava alvos militares e que o cessar-fogo acordado com os EUA havia expirado.

Clima tenso nas negociações

Trump, que assumiu seu segundo mandato em janeiro, vinha mantendo uma relação próxima com Putin e conduzindo negociações diretas com Moscou — sem a participação de representantes ucranianos. Após o ataque, o presidente norte-americano afirmou que “5 mil soldados estão morrendo por semana” e defendeu urgência no fechamento de um acordo de paz.

O bombardeio ocorreu horas após um novo embate entre Trump e Zelensky. O norte-americano acusou o ucraniano de dificultar a paz ao se recusar a ceder a Crimeia — anexada pela Rússia em 2014 — como parte das negociações. Zelensky reagiu dizendo que a Ucrânia “jamais abrirá mão de seu território” e reforçou que a constituição do país proíbe qualquer cessão.

Acordo de paz sob ameaça

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que o país pode abandonar os esforços de mediação caso não haja sinais concretos de avanço nas negociações “nos próximos dias”. O Kremlin respondeu que continua comprometido, mas reconheceu dificuldades no diálogo com os americanos.

"Os contatos são bastante complicados porque, naturalmente, o tema não é fácil", declarou o porta-voz russo, Dmitry Peskov. Ainda nesta manhã, Trump disse à imprensa que as negociações em Londres “foram bem”, mas defendeu que Putin e Zelensky “precisam chegar a um acordo” para encerrar o conflito.