O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tomará posse em 20 de janeiro, mantendo a tradição americana de não convidar chefes de Estado para o evento. No entanto, Trump quebrou parcialmente esse protocolo ao estender convites a líderes alinhados ideologicamente, como Javier Milei (Argentina), Giorgia Meloni (Itália), Nayib Bukele (El Salvador) e Daniel Noboa (Equador). O Brasil será representado pela embaixadora Maria Luiza Viotti, enquanto Lula não foi convidado, reforçando o caráter diplomático do evento.

Jair Bolsonaro, ex-presidente brasileiro, afirma ter sido convidado e busca a liberação de seu passaporte, retido judicialmente desde fevereiro de 2024 devido a investigações sobre uma suposta tentativa de golpe. Bolsonaro alega ter recebido um e-mail como convite, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) exige comprovação formal. O caso ainda está em análise e depende de explicações adicionais de seus advogados.

Apesar de divergências ideológicas entre Trump e Lula, diplomatas indicam que as relações entre Brasil e EUA devem permanecer estáveis, focadas em interesses comerciais e pragmatismo. A postura de Trump em convidar seletivamente líderes reflete uma estratégia política que ressalta alianças internacionais com governos de direita, sinalizando o tom de seu próximo mandato.