SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma série de indicações para cargos de segundo escalão do governo americano na noite desta terça-feira (26). A mais importante delas foi a do advogado Jamieson Greer para o cargo de representante comercial dos EUA, responsável pela política de comércio do país e negociações com outros países.

Greer, membro da primeira gestão de Trump e envolvido na negociação de acordos comerciais com a China, trabalhou para o então representante comercial Robert Lighthizer, o protecionista que era cotado para retornar ao cargo, segundo a imprensa.

A escolha de Greer foi anunciada um dia depois de Trump prometer tarifas de 25% sobre todos os produtos importados do México e do Canadá e de 10% sobre a China. Em nota, o presidente eleito disse que "esta tarifa permanecerá em vigor até que as drogas, em particular o fentanil, e todos os imigrantes ilegais parem esta invasão do nosso país".

Greer estará subordinado ao secretário de Comércio, o bilionário e coordenador da equipe de transição de Trump Howard Lutnick. Amigo de longa data do republicano, Lutnick foi um dos principais doadores da campanha do presidente eleito.

Também na terça, Trump anunciou a indicação de outras cinco pessoas para diferentes cargos.

Vince Haley, que escreveu os discursos do ex-presidente durante a campanha eleitoral, chefiará o chamado Conselho de Política Doméstica, um órgão que faz sugestões sobre políticas internas à Casa Branca. O economista Kevin Hassett será diretor Conselho Econômico Nacional, responsável por implementar políticas financeiras ao lado do Departamento do Tesouro, chefiado pelo bilionário Scott Bessent.

O ex-funcionário do departamento de Saúde Jim O'Neill agora será vice-secretário da pasta, onde deve ser braço direito do político anti-vacina Robert F. Kennedy, e o doador republicano e médico Jay Bhattacharya será diretor do Instituto Nacional de Saúde. Bhattacharya atraiu atenção durante a pandemia ao se opor à política do lockdown, e se for aprovado pelo Senado comandará a agência responsável por financiar pesquisas médicas nos EUA.

Por fim, Trump também anunciou na noite de terça a escolha do empresário e colecionador de arte John Phelan como secretário da Marinha. "John será uma tremenda força para os membros da Marinha", disse Trump em nota, "e colocará as prioridades [da Força] acima de qualquer outra coisa".