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Universidade Columbia expulsa alunos envolvidos em ato pró-Palestina

Por Folha de São Paulo

13/03/2025 19h45 — em
Mundo


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SÃO PAULO, SP (FOLHARPESS) - A Universidade Columbia, em Nova York, anunciou nesta quinta-feira (13) novas punições a alunos envolvidos em protestos pró-Palestina que ocorreram no ano passado devido à guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. Os atos, que se espalharam pelos Estados Unidos, por vezes foram associados a episódios de violência e acusados de serem antissemitas.

O conselho judicial da universidade emitiu suspensões, revogações temporárias de diplomas e expulsões como retaliação à ocupação do Hamilton Hall, histórico edifício acadêmico que chegou a ser rebatizado pelos manifestantes de Hind Hall, em homenagem a Hind Rajab, uma criança palestina de seis anos que morreu no conflito do Oriente Médio.

As manifestações contra as ações de Israel em Gaza, que mataram quase 50 mil palestinos, segundo o Hamas, foram parte da maior onda de protestos estudantis nos EUA desde as marchas contra o racismo, em 2020, em resposta ao assassinato de George Floyd.

A instituição não divulgou os nomes ou a quantidade dos alunos que foram punidos em respeito às leis federais de privacidade, de acordo com uma porta-voz mencionada pelo jornal The New York Times.

Mahmoud Khalil, um dos líderes dos protestos na universidade foi detido no último sábado (8), após o presidente Donald Trump afirmar que deportaria estudantes estrangeiros que participaram das manifestações.

Khalil entrou com ação em um tribunal federal nesta quinta-feira para impedir a Universidade Columbia de compartilhar com um comitê da Câmara liderado por republicanos os registros disciplinares de estudantes que participaram dos protestos.

Em outra ação, a defesa de Khalil pediu a um juiz federal que libertasse o cliente do centro de detenção de imigrantes na Louisiana, para onde ele foi levado após ser preso em Nova York, sob o argumento de que o governo Trump visou Khalil devido a sua defesa das proteções da Primeira Emenda da Constituição, que versa sobre a liberdade de expressão. Khalil tem um green card, residência permanente legal nos EUA —ele é casado com uma cidadã americana, grávida de oito meses, que também diz ter sido ameaçada de prisão pelos agentes que levaram o marido.

O governo do republicano afirma que os protestos pró-Palestina nos campi universitários, incluindo o de Columbia, incluíram apoio ao Hamas e atos antissemitas contra estudantes judeus. Na semana passada, o governo disse que cancelou subsídios e contratos no valor de cerca de US$ 400 milhões para a universidade devido ao que descreve como assédio antissemita dentro e ao redor do campus.

Após a prisão de Khalil no fim de semana, Trump afirmou que esta seria "a primeira de muitas". "Muitos não são estudantes, são agitadores pagos. Nós vamos achar, deter e deportar esses simpatizantes de terroristas do nosso país para nunca mais voltarem", afirmou o presidente.


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