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'Voltar ao trabalho era parte da terapia', diz médico de papa Francisco

Por Folha de São Paulo

24/04/2025 8h45 — em
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ROMA, ITÁLIA (FOLHAPRESS) - O médico Sergio Alfieri, coordenador da equipe que cuidou do papa durante sua internação no hospital Agostino Gemelli, esteve com Francisco na manhã do dia 21, pouco antes de sua morte.

Em entrevista ao jornal Corriere della Sera, Alfieri conta que recebeu ligação à 0h30 de Brasília do enfermeiro pessoal do papa, Massimiliano Strappetti, que relatava que o pontífice não estava bem e que deveria ser levado para o hospital. "Depois de 20 minutos cheguei à Casa Santa Marta, entrei no seu quarto e ele tinha os olhos abertos", disse.

"Não tinha problemas respiratórios, tentei chamá-lo, mas ele não respondeu. Não reagia aos estímulos, nem mesmo aqueles dolorosos. Entendi naquele momento que não tinha nada a ser feito. Ele estava em coma", afirmou o médico.

O risco, disse, era que o papa morresse durante a ida para o Gemelli. "Strappetti sabia que o papa queria morrer em casa, ele sempre dizia isso durante a internação. Ele morreu logo depois."

Após quase 40 dias de internação, Francisco deixou o hospital quase um mês antes de morrer. No anúncio da alta hospitalar, Alfieri havia recomendado dois meses de convalescença. "Voltar ao trabalho fazia parte da terapia e ele não se expôs a perigos", disse o médico.


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