'Voltar ao trabalho era parte da terapia', diz médico de papa Francisco
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ROMA, ITÁLIA (FOLHAPRESS) - O médico Sergio Alfieri, coordenador da equipe que cuidou do papa durante sua internação no hospital Agostino Gemelli, esteve com Francisco na manhã do dia 21, pouco antes de sua morte.

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Em entrevista ao jornal Corriere della Sera, Alfieri conta que recebeu ligação à 0h30 de Brasília do enfermeiro pessoal do papa, Massimiliano Strappetti, que relatava que o pontífice não estava bem e que deveria ser levado para o hospital. "Depois de 20 minutos cheguei à Casa Santa Marta, entrei no seu quarto e ele tinha os olhos abertos", disse.
"Não tinha problemas respiratórios, tentei chamá-lo, mas ele não respondeu. Não reagia aos estímulos, nem mesmo aqueles dolorosos. Entendi naquele momento que não tinha nada a ser feito. Ele estava em coma", afirmou o médico.
O risco, disse, era que o papa morresse durante a ida para o Gemelli. "Strappetti sabia que o papa queria morrer em casa, ele sempre dizia isso durante a internação. Ele morreu logo depois."
Após quase 40 dias de internação, Francisco deixou o hospital quase um mês antes de morrer. No anúncio da alta hospitalar, Alfieri havia recomendado dois meses de convalescença. "Voltar ao trabalho fazia parte da terapia e ele não se expôs a perigos", disse o médico.

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