Aparelhos despencam em UTI Neonatal de maternidade pública de Manaus
Em meio a atrasos de salários dos servidores da Saúde, o governo de Wilson Lima e de seu vice, Carlos Almeida, não consegue administrar nem a regularidade dos serviços de manutenção nas unidades de saúde e maternidades da capital e do interior do Estado, causando grave risco de morte aos pacientes.
Foto: Portal do Holanda
Após um médico reclamar da ausência de condições de trabalho no Hospital e Pronto Socorro Platão Araújo, na zona leste de Manaus, o Portal do Holanda recebeu denúncias de pais de recém-nascidos internados na Maternidade Estadual Balbina Mestrinho, na zona centro-sul.
Segundo eles, aparelhos estão despencando em cima das incubadoras das Unidade de Tratamento Intenso (UTI) Neonatal da maternidade, que foi reinaugurada há menos de seis anos. O espaço é reservado ao tratamento de prematuros e de bebês que apresentam algum tipo de problema de saúde ao nascer.
Procurados pela reportagem, servidores - que não quiseram ter os nomes divulgados - relataram que, na última sexta-feira, uma das “ampolas” que ficam acima das incubadoras por pouco não feriu um recém-nascido após ter caído próximo ao médico que ele realizava um procedimento em um bebê.
Sem previsão
“A ampola ficou exposta e existem outras nesta situação nas unidades de tratamento intensivo da maternidade (Balbina Mestrinho). A informação que nos passaram é que a Susam (Secretaria de Estado e Saúde) não pagou a empresa que faz manutenção dos equipamentos e não há previsão”, explicou a mãe de um paciente internado no local.
Foto: Portal do Holanda
Nesta quarta-feira, 6, a mesma mãe informou que os servidores fizeram, por conta própria, uma espécie de remendo nas ampolas que correm risco de cair em cima das incubadoras. “É uma irresponsabilidade sem tamanho do governo. Os funcionários estão fazendo o que podem, mas esse tipo de manutenção deveria ser feito pelas empresas contratadas pela Susam”, apontou.
No mês passado, o governador Wilson Lima autorizou o pagamento de R$ 1.546.325,29 para a Bioplus Comércio e Representação de Medicamentos, Cosméticos e Perfumarias, uma empresa do Grupo Bringel, que é uma das responsáveis pela manutenção hospitalar das unidades de saúde e maternidades do Estado.
O montante representou metade dos R$ 3,2 milhões pagos a fornecedores e prestadores de serviços da Susam, em janeiro. No mês passado, Wilson Lima não pagou cooperativas dos funcionários da Saúde.
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