Após determinação da Justiça, Sejel diz que não foi notificada sobre decisão que interdita estádio
A Secretaria de Estado de Juventude Esportes e Lazer (Sejel), responsável pela administração do Estádio Ismael Benigno (Colina), no bairro São Raimundo, zona Oeste de Manaus, informa que não foi , até o momento, notificada oficialmente sobre a decisão judicial que interditou o estádio. De acordo com o Secretário Caio André de Oliveira, todas os laudos foram solicitados e o problema gira em torno de uma escada que dá acesso da arquibancada ao campo. “A Polícia Militar não quer a escada para garantir a segurança dos jogos. Os bombeiros querem a escada como opção de evacuação em caso de necessidade, para a segurança dos torcedores. Então nós da administração estamos no meio de impasse sem termos culpa. O que os órgãos de segurança decidirem, iremos acatar. O que é de nossa responsabilidade está tudo certo”, enfatiza Caio.
O Estádio Ismael Benigno Fundado em 1961, foi totalmente demolido e reconstruído recentemente. Um dos principais palcos do futebol amazonense nas décadas de 1960, foi cedido ao Governo do Estado em 2009, com assinatura de um contrato (comodato) pelo período de 20 anos. A demolição e reconstrução, foi nos anos de 2012 e 2013 e 2014, com investimento de pelo menos R$ 21 milhões, com diversas especificações para poder ser aceito pela Fifa como estádio apto para treinamento das seleções da Copa do Mundo do Brasil, em 2014. “Do antigo estádio da Colina, podemos afirmar que só tem a escritura do terreno. Todo o resto foi refeito, sob rígidos padrões de segurança e com a inspeção de diversos órgãos internacionais, inclusive da Fifa. Nossa equipe está neste momento tentando resolver mais esse problema, recebido em janeiro, quando o governo Wilson Lima assumiu o estado”, declarou Caio.
O projeto de reconstrução e ampliação do estádio também atendeu a todas as normas de acessibilidade quanto à circulação mínima, rampas de acesso às arquibancadas, banheiros dimensionados e equipados para uso de pessoas com deficiência, como barras de apoio e o cuidado na escolha dos acabamentos do piso, além da atenção para as normas de saídas de emergência quanto à largura de corredores, saídas acessíveis e rotas de fuga.
O que provavelmente motivou a decisão judicial, ainda não comunicada oficialmente à Sejel, foi o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), um documento que atesta a vistoria realizada no local em relação à conformidade com as regras de segurança e prevenção de incêndios. Esse auto de vistoria é um dos principais documentos que devem ser providenciados para manter a regularização do alvará de funcionamento. “Sabemos de todas as necessidades. Tudo o que está ao nosso alcance já fizemos. Trocamos todos os extintores, providenciamos nova sinalização com novas placas, nova pintura entre outras ações. No entanto estamos no impasse da escada e nosso setor jurídico está aguardando a notificação judicial para tomarmos as providencias legais”, finalizou o secretário.
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