Manaus/AM - O Ministério Público do Estado (MP-AM) reuniu jornalistas, alunos e professores da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi) para falar sobre os problemas financeiros da instituição que ameaça fechar as portas a qualquer momento.

Segundo a promotora Kátia Maria Araújo Oliveira do MP, a Fucapi está mergulhada em uma grande dívida que ultrapassa R$ 100 milhões e não tem condições sequer de manter os salários dos professores ou cobrir gastos básicos mensais para o funcionamento da unidade.

A promotora explicou ainda que a Fucapi não possui mais convênios com o governo ou com grandes empresas que reforçavam o orçamento. E criticou a postura da fundação que mesmo sem ter condições, anunciou a abertura de matrículas para Ensino Médio e cursos do Ensino Superior.

Mas a grande questão que preocupa tanto o MP, quanto alunos e colaboradores é o destino da instituição. Conforme Kátia, se for decretada a falência da Fucapi, todas as dívidas serão anuladas e os funcionários não receberão seus direitos ou salários atrasados e os alunos não concluirão os cursos. Porém, essa opção esbarra no fato da fundação não se tratar de uma empresa comum com foco no lucro e sim uma fundação de direito privado voltada para a educação.

Uma segunda opção seria declarar extinção, nesse caso, a Fucapi seria repassada para uma nova empresa e os funcionários continuariam tendo o direito de cobrar as dívidas através de acordos ou do acionamento da Justiça. Mas esta não seria obrigada a cobrir todos os custos atrasados. Kátia afirmou que o MP e o MEC estudam as possibilidades e devem definir até o fim de fevereiro o futuro do órgão.