OPINIÃO: Coragem, deputados, o Amazonas precisa de alternativa para combater a violência
Manaus está entre as 50 cidades mais violentas no mundo. Ocupa o 34º lugar no ranking da organização mexicana Segurança, Justiça e Paz que elabora a lista com base em taxas de homicídios por 100 mil habitantes. A capital amazonense há 48,07 assassinatos a cada grupo de 100 mil pessoas. No País, é a 11ª mais violenta no ranking. E a oposição está criticando o governador do Amazonas, Amazonino Mendes (PDT) por buscar soluções com o melhor escritório do mundo no assunto, o do ex-prefeito de Nova Iorque, Rudolph Giuliani, que já ajudou a reduzir os índices não apenas na cidade dele, mas também em cidades da América Latina, com as mesmas características de narcotráfico de Manaus, na Colômbia, Guatemala, Canadá, El Salvador e Honduras.
Deputados, o Amazonas não pode mais viver sob o signo da violência. Os senhores não podem considerar normal a banalização da morte de centenas e centenas de pessoas, principalmente jovens no nosso Estado. Não é da natureza do ser humano observar o que acontece hoje com a falta de segurança em nosso Estado e não tentar fazer nada. Ninguém suporta mais comunidades inteiras reféns da bandidagem, pessoas amordaçadas pela violência, sem direito de ir e vir. Todos nós precisamos de paz para decidir livremente sobre o caminho a seguir para produzir o sustento das nossas famílias.
O governo do Amazonas tem a obrigação de buscar alternativas. Não pode mais ficar parado discutindo ou teorizando sobre como combater a violência. Não é isso que a sociedade quer. A sociedade quer ação, atitude do governo. A sociedade exige que o Estado imponha um padrão mínimo de civilidade, democraticamente, com o seu poder legal de polícia – absolutamente dentro do que determina a lei.
Nos EUA, da década de 1990, o então prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, resolveu implantar um modelo de gestão chamado de `Tolerância Zero`, com repressão rigorosa a qualquer tipo de delito, mesmo os mais corriqueiros. No Brasil, ainda hoje, vigora a `lei do jeitinho`, de que não há risco em transgredir a lei. Não aceitem o jeitinho, senhores deputados. Não façam campanha com a situação difícil do povo que vive à mercê da violência.
Hoje, em nome dos milhares de moradores do Amazonas que sofrem com a violência nas suas casas e nas ruas, das famílias que perderam os seus entes queridos, é preciso fazer o que for preciso para mudar esta situação. E uma sociedade só começa a mudar quando exige o seu direito democrático e inalienável de ter paz para poder trabalhar, estudar, se divertir e amar.
Um programa moderno de combate à violência é bem vindo. Perguntem ao povo de Manaus.
A sociedade – governo, parlamentares e cidadãos comuns – deve se mover para dar um basta a esse estado de letargia, de apatia diante da avalanche de violações ao senso comum do que é certo ou errado. É preciso promover urgentemente um novo ordenamento institucional, uma tolerância zero aos malfeitos. Estabelecer um marco civilizatório capaz de exprimir as aspirações e as necessidades reais da Nação. Com essa linha condutora de comportamento quem sabe, lá na frente, seja possível saciar a sede por justiça.
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