Eduardo Braga contesta corte de recursos da Ufam e do Ifam
O senador Eduardo Braga (MDB/AM) questionou, nesta terça-feira o bloqueio de, aproximadamente, R$ 64 milhões dos orçamentos do Instituto Federal do Amazonas (Ifam) e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). O corte determinado pelo Ministério da Educação (MEC) atingiu todas as instituições federais de ensino do país.
“São instituições essenciais para a formação técnica e superior de boa parte da população do Amazonas. O governo precisa rever essa decisão, que é absolutamente inédita no país”, protestou o parlamentar em plenário. “É um absurdo não enxergarem a educação como prioridade. Investir em todos os níveis de conhecimento, pesquisa e inovação é condição básica para qualquer projeto de desenvolvimento sustentável”, completou.
Só a Ufam perderá pouco mais de R$ 38 milhões do custeio de 2019, comprometendo o pagamento de água, luz, telefone, empresas, funcionários terceirizados e até o Programa de Iniciação Científica (PIBIC).
O Ifam terá redução de R$ 26,6 milhões, o que pode colocar em risco os planos de expansão do instituto no interior amazonense. Já existem no estado 15 campi da instituição. Três em Manaus e os demais em Coari, Lábrea, Maués, Manacapuru, Parintins, Presidente Figueiredo, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga, Humaitá, Eirunepé, Itacoatiara e Tefé.
As unidades proporcionam ensino profissional em todas as regiões do Amazonas com cursos da Educação Básica até o Ensino Superior de Graduação e Pós-Graduação Lato e Stricto Sensu.
Reconhecimento – Ainda em plenário, o senador se juntou aos demais colegas da Casa e se solidarizou com os generais Eduardo Villas Bôas e Augusto Heleno, ambos integrantes do governo federal, além de destacar a importância da atuação das Forças Armadas na Amazônia.
Os militares têm sido alvo de ácidas críticas de Olavo de Carvalho, conselheiro do presidente Jair Bolsonaro. Em uma de suas postagens nas redes sociais, ele afirmou que “sem argumentos para rebater suas críticas, os militares se escondem atrás de um doente preso a uma cadeira de rodas”. Carvalho referia-se à condição de Villas Bôas em virtude de uma doença degenerativa.
“Villas Bôas e Augusto Heleno serviram no Comando Militar da Amazônia quando fui governador. Testemunhei o espírito patriótico e de brasilidade de ambos”, disse. Em seguida, o senador pediu respeito, especialmente, à história de Villas Bôas. “Mesmo com os desafios impostos pelos problemas de saúde, ele continua servindo o Brasil de forma heroica e patriótica. Não pode ser desrespeitado.”
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