Internos do CDPM terão curso em teologia como processo de ressocialização
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Manaus/AM - Cerca de 300 presos do Centro de Detenção Provisória de Manaus (CDPM) passarão por cursos em Teologia, onde estudarão a Bíblia, textos religiosos e desenvolverão a homilética - pregação religiosa. As aulas começam esta semana e terão duração de 15 dias.
A iniciativa de evangelizar dentro dos presídios é promovida pela Umanizzare, cogestora da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) nas unidades prisionais do estado, e, atendem, em parte, a pedidos dos próprios internos.

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De acordo com o gerente técnico da Umanizzare, Valter Salles, o curso exige do reeducando muita leitura e pesquisa. “Além de estar disposto a fazer interpretações profundas de textos sagrados, ele é preparado para dar aulas de religião e inclui disciplinas ligadas à educação, se transformando em um multiplicador, em um agente promotor do evangelho”, explica Valter.
Os alunos formados estarão prontos para atuar como líderes, conferencistas, obreiros, professores da escola dominical, presidentes de ministérios, membros da diretoria em convenções e, ainda, estarão plenamente habilitados para atuar nas áreas de administração eclesiástica, evangelismo, aconselhamento pastoral.
Segundo a psicóloga do CDPM, Flávia Bueno, dentro das unidades prisionais, os reeducandos têm ligação respeitosa com a religião. Por isso, a maioria deles demonstra atitude pacifica e acabam participando das atividades religiosas. O presídio é aberto a todas as religiões. “A remição da pena é um instituto pelo qual se dá como cumprida parte da pena por meio do trabalho ou do estudo do condenado. Assim, pelo desempenho da atividade laborativa ou do estudo, o preso resgata parte da pena que lhe foi imposta, diminuindo seu tempo de duração na unidade prisional”, informa a psicóloga.
A contagem de tempo será feita à razão de um dia de pena a cada 12 horas de frequência escolar, seja atividade de Ensino Fundamental, Médio, inclusive profissionalizante, superior ou ainda de requalificação profissional, divididas, no mínimo, em três dias (um dia de pena a cada três dias de trabalho).

ASSUNTOS: Amazonas