'Janeiro Roxo' reforça combate à hanseníase com mutirões dermatológicos em Manaus
Manaus/AM - A Prefeitura de Manaus vai reforçar as ações de combate à hanseníase neste início de ano, com a programação do “Janeiro Roxo”, que se encerra no Dia Mundial de Combate à Hanseníase, no último domingo deste mês(27), e prossegue com outras atividades até o dia 31 de janeiro. As 300 equipes de saúde que atuam nas quatro zonas da cidade, além da área rural e do entorno fluvial, estarão engajadas em ações educativas, de acolhimento, diagnóstico e tratamento da população, que é gratuito e está disponível nas unidades de saúde da rede municipal.
Também serão realizados mutirões para exames dermatológicos, rodas de conversa com usuários da rede municipal, palestras educativas para associações e empresas e uma Mostra Itinerante, em locais estratégicos da cidade, onde serão exibidas informações sobre a doença para o público geral.
Ainda muito recorrente em todo o mundo, a hanseníase desperta uma preocupação especial no Brasil. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o país registra o segundo maior número de ocorrências anuais, atrás apenas da Índia.
A Semsa também atuará em parceria com o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN) nas diversas atividades promovidas pela entidade ao longo do mês. Dentre elas, vale destacar a caminhada em alusão à luta contra a hanseníase, no dia 9 de janeiro, que acontece nas principais ruas do bairro Colônia Antônio Aleixo, na zona Sul da cidade, local simbólico por ter abrigado o antigo leprosário da cidade. No dia 31, para marcar o encerramento das atividades do Janeiro Roxo, uma grande ação social será promovida em conjunto com a MORHAN para beneficiar as pessoas portadoras da doença.
Redução nas ocorrências de hanseníase
A situação do diagnóstico e tratamento da hanseníase vem registrando resultados positivos em Manaus e no restante do país. Dados de 2017 apontam que 459 casos novos foram registrados no estado do Amazonas. Em Manaus foram 128, o que corresponde a 27,8% dos casos novos do estado, e a uma redução de 23% em relação a 2016.
Já no Brasil, embora o país ainda seja o segundo colocado no ranking mundial de novas ocorrências, os casos confirmados da doença vêm diminuindo ao longo dos últimos anos. Em 2017, a taxa de detecção do Brasil foi de 12,94/100 mil habitantes. No Amazonas, esse mesmo índice foi de 11,31/100 mil habitantes.
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