Manaus/AM - O ex-governador José Melo, e os ex-secretários Afonso Lobo(Sefaz), Evandro Melo(Sead), Wilson Alecrim e Pedro Elias (Susam), foram indiciados pela Polícia Federal no âmbito da operação ‘Estado de Emergência’ acusados de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Além deles, a ex-primeira dama Edilene Gomes também foi indiciada por crime de embaraçamento de investigação criminal, relacionada a organização criminosa.

No relatório da PF, o delegado responsável pela investigação, Alexandre Teixeira, afirma que há fortes indícios de que Melo teria cometido crimes para manter o esquema de corrupção que desviou R$ 150 milhões de verbas destinadas a saúde

Ainda segundo a PF, Afonso Lobo, Evandro Melo, Wilson Alecrim e Pedro Elias são suspeitos de receber propinas somadas em R$ 13,3 milhões para manter o esquema criminoso, por meio de contratos com as empresas de Mouhamad Moustafa, que seria o operador da organização.

O relatório conclusivo da operação foi encaminhado a juíza federal Ana Paula Serizawa no último dia 25 de janeiro.

Operação Custo Político

A Polícia Federal também elaborou um relatório parcial da operação ‘Custo Político’ onde os ex-secretários Afonso Lobo (Sefaz); Wilson Alecrim e Pedro Elias(Susam); e Evandro Melo (Sead) são indiciados pelos mesmos crimes da operação ‘Estado de Emergência’. O relatório é parcial porque apresenta apenas os dados investigados em relação aos ex-secretários, que não são únicos investigados na operação.

O documento foi encaminhado ao Ministério Público Federal que deve oferecer a denúncia no prazo de 5 dias, a contar do último dia 16 deste mês, quando foi enviado a Justiça Federal. No entanto, o órgão pediu para que o prazo fosse estendido e ainda não devolveu o processo para justiça.