Manauaras comemoram os 349 anos da capital com visita ao novo museu
Manaus/AM - Mais de mil visitantes passaram pelas dependências do Museu Cidade de Manaus, na manhã desta quarta-feira (24), data em que se comemora o aniversário de 349 anos da capital amazonense. Estudantes, turistas nacionais e estrangeiros, amazonenses de diferentes municípios e muitos manauaras circularam pelas exposições, que misturam tecnologia e história, no resgate da identidade do povo amazônida.
O museu localizado no Centro Histórico, mais precisamente no Paço da Liberdade, traz um resgate das diferentes identidades do povo manauara, além de ser um presente entregue para a população, pelo prefeito Arthur Virgílio Neto, na passagem do aniversário da capital amazonense.
Mesmo antes da abertura do museu, a rondoniense Darcilene Davies já aguardava, juntamente com seus dois filhos e sua mãe de origem boliviana, o momento de conhecer a exposição permanente, “A Cidade de Manaus: História, Gente e Cultura”.
Depois de passar por todas as instalações do museu, Darcilene se disse encantada com o que viu, principalmente, com a sala de depoimentos que reúne pessoas de diferentes origens acolhidas por Manaus.
Aos 78 anos, Martinho da Silva Sena, estava emocionado ao ver os objetos que resgatavam sua história. Como se fosse um guia do museu explicava tudo a sua neta adolescente que o acompanhava.
“Fico feliz de estar aqui com a minha neta Raíssa, vivendo uma volta ao meu passado, à minha infância. Vi aqui muitos objetos que me remetem ao convívio com os meus pais. Esse museu está resgatando coisas que irão servir para a memória da cidade, pois muitas vezes não encontramos esses registros em livros. Foi uma brilhante ideia do prefeito trazer de volta uma parte esquecida dessa história de Manaus”, explicou Martinho emocionado.
Um grupo de acadêmicos de jornalismo fez questão de ser o primeiro a chegar. Raíza Castro estava entre eles e declarou ter sido uma experiência enriquecedora visitar o museu e ver as exposições interativas e que fazem uso da tecnologia.
“Para mim, o ponto alto do museu é a tecnologia, que não costuma ser vista em outras exposições aqui na cidade. Eu achei muito interessante e realmente está muito bonito. Eu adorei”, disse a futura jornalista.
O diretor-presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Bernardo Monteiro de Paula, destacou a qualidade das exposições que o museu de identidade traz e também enfatizou a estrutura que o espaço oferece para quem o visita.
“O museu é tecnológico, interativo e intuitivo. Você pode, por exemplo, chegar aqui e optar por não ter a visitação guiada e baixar o aplicativo no celular e encontrar, sozinho, o que mais possa interessar. Temos toda a estrutura para receber deficientes visuais com guias treinados, mas caso queiram seguir sozinhos todo o museu possui o piso tátil e disponibilizamos fones de ouvido com as informações sobre as exposições”, explicou Bernardo.
O museu
Por ser um museu de identidade, as exposições remetem aos traços culturais de uma Manaus rica culturalmente, mas com uso de tecnologia e interatividade. Isso resulta em uma mistura de etnias, cores e culturas que ajudaram a transformar a capital amazonense em uma grande metrópole.
O Museu da Cidade foi criado pelo prefeito João de Mendonça Furtado, por meio da Lei n° 1.616, de 17 de junho de 1982, porém, nunca funcionou e sequer foi inaugurado. Agora, 36 anos depois, Manaus ganha um museu que representa a identidade e a vida do povo manauense.
O museu funciona de terça-feira a sábado, de 9h às 17h, com entrada gratuita para a população.
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