Manaus não apresenta risco de surto de febre amarela, diz Prefeitura
Manaus/AM - Manaus não corre nenhum risco de ocorrência de surto de febre amarela, como o que vem acontecendo no Estado de São Paulo e ocorreu no ano passado em Minas Gerais. A afirmação foi feita pelo secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi, para tranquilizar a população, orientando que não há necessidade de corrida aos postos. Há 11 anos a capital amazonense não registra casos da doença.
A garantia, segundo o secretário, está no trabalho de prevenção que é realizado pela Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), principalmente com relação à vacinação, oferecida nas 185 salas de vacinação em Unidades Básicas de Saúde (UBS) localizadas em todas as zonas da cidade.
A Secretaria Municipal de Saúde recebe, mensalmente, de 30 mil a 40 mil doses. Em 2017 foram aplicadas 151.220 doses da vacina contra febre amarela. A imunização também é recomendada para pessoas que irão viajar para outros países, de acordo com as orientações contidas no Regulamento Sanitário Internacional (RSI). Em 2017 foram notificados em Manaus quatro casos suspeitos, dos quais três foram descartados, restando um caso ainda em investigação. No ano anterior foram três casos notificados, sendo todos descartados.
Na região Norte, este imunobiológico está incluído no Calendário Nacional de Vacinação, sendo ofertada para crianças a partir de nove meses até para adultos na faixa etária de 59 anos. Pessoas com 60 anos ou mais devem passar por avaliação médica para receber a vacina. O esquema é de apenas uma dose da vacina comprovada com registro em cartão de vacina. A dose é válida para toda vida, não sendo necessária revacinação. Permanece a recomendação do volume da dose normal (0,5 ml), não sendo utilizada, em Manaus, a dose fracionada.
Sobre a febre amarela
Até as primeiras décadas do século 20, a febre amarela era um grave problema de saúde pública, afetando as populações urbanas. Depois, a doença foi controlada nas cidades e desde então os riscos se concentram nas áreas urbanas e de floresta. A doença se classifica em “silvestre” e “urbana”. A febre amarela silvestre se mantém naturalmente em um ciclo de transmissão que envolve primatas não humanos (hospedeiros animais) e mosquitos silvestres dos gêneros Haemagogus e Sabethes. O mosquito se contamina ao picar um macaco infectado e, ao picar uma pessoa, transmite o vírus. A febre amarela urbana, que não é registrada no país desde 1942, é causada pelo mesmo vírus e se manifesta da mesma forma, mas o mosquito transmissor é o Aedes aegypti.
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