Produção de componentes amplia mercado do polo industrial de Manaus
A Zona Franca de Manaus (ZFM) tem se adaptado ao longo dos anos e atua também como fornecedora de componentes para empresas instaladas fora da região incentivada, contribuindo para o fortalecimento da indústria nacional como um todo. A produção de componentes pelo modelo foi percebida pelo superintendente da ZFM, Alfredo Menezes, durante visita à fábrica da Panasonic no polo de indústrias local.
A Panasonic do Brasil está na Zona Franca de Manaus desde 1981, quando inaugurou sua unidade em associação com o Grupo Springer, para produzir televisores e aparelhos de áudio com a marca ‘National’. Hoje, a fábrica produz eletroeletrônicos de áudio e vídeo para o consumidor final, mas tem incrementado a cada ano o B2B (sigla em inglês para business to business ou ‘empresa para empresa’), fornecendo componentes para outras indústrias espalhadas pelo Brasil.
Mudança de foco
“No começo, nosso foco era o consumidor final. Aos poucos fomos incrementando os negócios com outras empresas e podemos dizer que, hoje, B2C (business to consumer) e B2B estão bem equilibrados, com tendência maior de crescimento no segundo”, explicou o gerente-geral da Panasonic em Manaus, César Augusto Ueda.
Uma equipe da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) esteve na planta fabril amazonense nesta quinta-feira (13), conferindo os avanços da empresa japonesa no Brasil e levantando as tendências do mercado e as principais demandas do setor. O superintendente Alfredo Menezes tem constatado os rumos do mercado em visitas semanais às empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM).
Made in ZFM é melhor que importar
No caso da Panasonic, foi verificado que somente a fabricação de placas de circuito em Manaus seria mais atrativa que fazer a importação para abastecer sua unidade em Extrema (MG), onde a empresa japonesa fabrica produtos de linha branca como lavadoras de roupa e refrigeradores. Com um fornecimento inicial de pouco mais de 5 mil placas, hoje Manaus abastece a planta mineira com dezenas de milhares de placas por mês. “Para fazer no Brasil, Manaus é a melhor solução. A outra opção é importar”, revelou César Ueda.
Além das placas para a unidade de Extrema, a Panasonic fornece ainda componentes de bateria de notebooks a empresas como Acer e Dell e fabrica unidades de som automotivo e multimídia para a Ford, Honda e Toyota. Desta última recebeu, no ano passado, um prêmio de excelência por cumprir a meta de zero defeitos no fornecimento. “Não tivemos nenhuma reclamação grave de desempenho durante um ano inteiro”, lembrou o gerente de Manaus.
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