Manaus/AM - Mais de 50 profissionais da saúde que prestam serviços ao Governo realizaram um protesto, na noite deste domingo(3), em frente ao HPS 28 de Agosto, reivindicando salários atrasados e cobrando um posicionamento do governador Wilson Lima. Caso as reivindicações não sejam atendidas, os servidores ameaçam uma paralisação geral com o apoio do Sindicato dos Caminhoneiros nos próximos dias. 

Segundo Presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas, Mário Rubens Vianna, a categoria fez um levantamento parcial sobre as contas do Estado e não há informações nos portais da transparência que mostrasse a composição de uma dívida no valor informado pela atual gestão. "Nós sabemos que a crise financeira abala o Amazonas, mas as informações que nós temos é de a que situação financeira do estado não é uma das piores no contexto Brasil, exigimos uma explicação dos órgãos competentes TCE, MPT, MP. Alegar que não tem dinheiro simplesmente para não pagar o trabalhador, nos deixa muito preocupado.", declarou.

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Ainda segundo o presidente, foi feito um pedido para que o secretário de saúde e vice-governador, Carlos Almeida Filho, fizesse um cronograma de pagamentos dentro das possibilidades da pasta. "Para acalmar não só a classe, mas toda área da saúde. E ele alega que não pode fazer esse cronograma porque precisa de dados, dados, dados [...]", disse.

O problema acontece há mais de 10 anos, os contratos das empresas não são cumpridos e mesmo com o descaso, os médios continuam trabalhando, ressaltou Vianna. A categoria ainda não paralisou as atividades devido um fundo de reserva que as empresas mantinham e garantiu o salário dos médicos por 6 meses, no entanto, a verba esgotou.

"É uma situação de calamidade pública, os médicos não vão ter como trabalhar. Nós temos o apoio do Sindicato dos Caminhoneiros e como a paralisação deles repercutiu em todas as esferas, talvez esse seja o único caminho para chamar atenção ao nosso problema. Não queremos perder vidas jamais, mas nós merecemos salário e os nossos pacientes, merecem um atendimento adequado", destacou Mário.