Caminhos de ódio
O clima eleitoral ficou ainda mais tenso com o assassinato de um dos coordenadores da campanha do senador Artur Neto. E pode piorar nas próximas horas. Embora os casos não tenham relação - na sexta-feira a mulher de Artur, Goreth Garcia, foi alvo de ofensas e palavrões de supostos militantes da candidata Vanessa Grazziotin, quando participava de uma reunião do Fórum Permanente das Mulheres de Manaus. Antes, houve o incidente do ovo ou do cuspe na senadora Vanessa. Há pequenos "incêndios"por toda parte e muita gente ateando fogo numa campanha onde o argumento,a tese ou as propostas cederam lugar a ataques pessoais.
O risco de relacionar o assassinato do coordenador a questão eleitoral è jogar gasolina num ambiente já contaminado pelo ódio, pela intolerância, pela falta de limites que nem a Justiça Eleitoral está conseguindo conter.
Chegou a hora de um armstício. Artur e Vanessa, que já estiveram do mesmo lado em algum momento em que o País lutava contra a escuridão, precisam olhar para o presente que ajudaram a construir. E apostar num futuro sem ódios. Manaus quer esse compromisso de cada um deles.
Raimundo Holanda
NULLASSUNTOS: Editorial