Praciano diz que não votará em candidato do governo
O deputado Francisco Praciano (PT/AM), disse que não irá votar no deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN) para a presidência da Câmara dos Deputados, mas sim na deputada Rose de Freitas (PMDB/ES), como forma, segundo ele, de manter a luta contra o desvio de recursos públicos e de homenagear a mulher na política.
O deputado Henrique Eduardo Alves é acusado pelo Ministério Público Federal de enriquecimento ilícito numa ação de improbidade administrativa. Em novembro, o líder do PMDB conseguiu adiar decisão sobre a quebra de seu sigilo fiscal e bancário, bem como de suas empresas, por meio de recurso judicial. O processo é movido desde 2004 pelo MPF. Na ação, o peemedebista é acusado de manter ilegalmente milhões de dólares fora do país. Os autos correm sob segredo de Justiça na 16.ª Vara Federal em Brasília. Em 2002, o deputado chegou a ter seu nome cogitado para ser vice do candidato a presidente José Serra (PSDB). Mas acabou preterido após a denúncia feita pela ex-mulher de que ele mantinha US$ 15 milhões no exterior
- Recente reportagem exibida pelo Jornal Folha de S. Paulo revelou que Henrique Eduardo Alves destinou emendas parlamentares que abasteceram uma empresa de um assessor de seu gabinete.
- O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), comandado por indicados pelo peemedebista, pagou R$ 1,2 milhão à empresa Bonacci Engenharia e Comércio Ltda, da qual o assessor é sócio cotista.
- Aluizio Dutra de Almeida, sócio da Bonacci Engenharia e Comércio Ltda, trabalhava com o atual líder do PMDB na Câmara desde 1998. Trabalhava, pois pediu demissão do cargo no último dia 14 de janeiro, em meio à repercussão da notícia.
NULLASSUNTOS: bruno gissoni, camara dos deputados, francisco praciano, yanna lavigne, Manaus, Amazonas