Ex-vereador é preso suspeito de faturar R$ 2 milhões com golpe de venda de casa em Manaus
Manaus/AM - O ex-vereador de Presidente Figueiredo, Maurício Gomes de Souza, 43, e a mulher dele Maria Jussara da Silva Marreiro, foram em um condomínio na Ponta Negra, Zona Oeste.
Os dois são suspeitos de venderem por R$ 2,6 milhões. um imóvel onde moravam alugado no Condomínio Efigênio Sales. O casal usou uma procuração falsa para repassar a propriedade e já teria aplicado como outros golpes semelhantes:
“Eles alugaram uma casa no V8, fizeram um contrato com promessa de compra e venda e deram três cheques sem fundo ao proprietário, cada um no valor de R$ 1 milhão. E por meio de documento falso, que já foi comprovado pela perícia que a assinatura não era do dono, eles venderam o imóvel para um terceiro”, explica o delegado Demétrius Queiroz.
Maurício, mais conhecido como “Magom”, coleciona crimes e já responde por homicídio, falsificação de documentos públicos e outros estelionatos.
De acordo com a polícia, o casal é proprietário de uma construtora e usava a empresa para facilitar os golpes. Na Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFV), o ex-parlamentar fez questão de defender a esposa e se explicar:
“ Eu sou um homem público e já esperava por isso, porque eu sou sofro uma perseguição política há alguns anos. Eu tenho uma base familiar, tenho filho, tenho essa esposa de 12 anos que é mãe de família e ela não tem nada pra falar. Eu vendi o imóvel porque eu paguei mais de R$ 2 milhões e mais R$ 58 mil de dinheiro meu e fiquei devendo uma quantia de menos de R$ 1 milhão”, disse Maurício.
O ex-vereador ainda explicou que os cheques repassados ao proprietário do imóvel vendido não eram sem fundo e que foi dado como caução. Ele garantiu que tem provas de todas a negociação e que vai provar sua inocência:
“Eu vendi o que é meu, eu paguei por ele, eu tenho recibos em papel timbrado da empresa que foram entregues aqui na delegacia. Eu vou prestar meu depoimento e vai ficar comprovada a minha inocência. Eu tenho uma empresa criada em 2005 e vivo disso, vivo de contratos fechados com empresários”, afirmou.
O delegado Queiroz garante que as provas contra o casal são consistentes e não deixam margens para dúvidas:
“Contra um laudo perícia não tem o que discutir, a venda foi de foram fraudulenta. Estamos intensificando o trabalho contra estelionatários e eles dão sempre a mesma desculpa que houve um erro nas investigações, que vão provar a inocência e nunca provam”, afirma o delegado.
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