A boxeadora argelina Imane Khelif, que foi vítima de fake news e ofensas, conquistou a medalha de ouro na categoria peso médio (até 66kg) feminina dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, nesta sexta-feira (9),  no estádio de Roland Garros. Khelif derrotou a chinesa Yang Liu por decisão unânime dos juízes. 

Imane Khelif, de 25 anos, se tornou alvo de polêmica durante os Jogos após vencer a italiana Angela Carini, que abandonou a luta aos 46 segundos ao receber um soco no nariz. Carini não cumprimentou Khelif, o que foi interpretado por alguns como uma reação à presença da argelina, que foi autorizada a competir apesar de controvérsias sobre seu teste de gênero.

Khelif, que foi chamada de “trans”, e também Lin Yu-ting, são mulheres, mas possuem nível de testosterona elevado, conforme divulgado por um membro da Associação Internacional de Boxe (IBA).

Autoridades, atletas e torcedores criticaram a decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) de permitir a participação das atletas.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, disse que a participação da boxeadora nos Jogos não se trata de uma ação de inclusão, mas sim de justiça. Isso porque Imane Khelif precisou ter a vida pessoal exposta para provar que não era uma mulher trans.