Nesta terça-feira (3), a atleta acreana Jerusa Geber, de 42 anos, conquistou a medalha de ouro nos 100m da classe T11 (deficiência visual) com o tempo de 11s83. Ela superou a chinesa Cuiqing Liu, que ficou com a prata (12s04), e a paranaense Lorena Spoladore, que conquistou o bronze (12s14).

Foi a primeira vez que Jerusa subiu ao lugar mais alto do pódio em um megaevento paralímpico. Anteriormente, ela havia conquistado duas pratas e dois bronzes em Pequim 2008, Londres 2012 e Tóquio 2020.

Além da vitória, Jerusa estabeleceu um novo recorde mundial na semifinal, com o tempo de 11s80, superando seu próprio recorde anterior de 11s83, registrado no CT Paralímpico em São Paulo. Ela é uma das quatro velocistas cegas na história a correr os 100m em menos de 12s, ao lado das chinesas Cuiqing Liu e Guohua Zhou, e da britânica Libby Clegg.

Jerusa, que nasceu totalmente cega e perdeu parcialmente a visão aos 18 anos antes de se tornar completamente cega novamente, tem se consolidado como uma das principais velocistas da classe T11. No último ciclo paralímpico, ela conquistou ouro nos 100m e 200m no Mundial de Paris 2023, ouro nos 100m e 200m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, e ouro nos 100m e bronze nos 200m no Mundial de Kobe 2024.

Lorena Spoladore, por sua vez, alcançou sua terceira medalha paralímpica. Ela já havia conquistado uma prata no revezamento 4x100m e um bronze no salto em distância, ambos nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016. Lorena perdeu a visão gradativamente devido a glaucoma congênito e ficou totalmente cega aos 6 anos.