Manaus/AM - A polícia divulgou na manhã de hoje (14), novos detalhes do caso de uma bebê, de apenas cinco dias de vida, que foi estuprada pelo marido da avó, no município de Tapauá, no interior do Amazonas. A criança teve o órgão genital lacerado e segue internada.

O caso chocou até mesmo a polícia. Segundo a delegada Kelly Souto, o homem confessou o crime, mas tentou justificar o abuso dizendo que a mão dele havia escorregado acidentalmente e machucado o órgão genital da criança. 

“Ele falou para a avó que tentou pegar ela com fralda mesmo e acha que a machucou com o dedo”, explica a delegada.

O estupro ocorreu na última quinta-feira (9), na casa onde o homem, 39, morava com a família e foi relatado à polícia pelo hospital, na sexta-feira (10), quando a avó e o pai da vítima a levaram para a unidade após perceberem um sangramento ininterrupto nas partes íntimas da bebê.

De imediato, a polícia foi ao hospital e deteve o pai, de 18 anos, e avó para serem ouvidos. Em seguida a equipe foi até a casa da família para ouvir a mãe e também o “avô postiço”, e interrogou o homem. 

A princípio, toda a família foi unânime em afirmar que o suspeito não costumava pegar na criança, mas a polícia desconfiou porque a bebê estava no quarto do homem e da avó no momento em que teria começado a chorar, ainda na noite de quinta.

Na ocasião, ele levou a bebê para a mãe, já sangrando, e disse que ela estava chorando de fome. A família só percebeu o sangramento no dia seguinte, quando a mãe foi trocar a fralda da criança.

Nas horas seguintes, a apuração continuou e a delegada descobriu que o marido da avó da vítima já tinha passagem na polícia por estuprar uma adolescente de 16 anos no município no ano de 2016.

 Ao ser confrontado novamente, o homem decidiu confessar que era o autor do crime, mas criou a história fantasiosa de que tudo tinha sido um acidente.

Os exames médicos, porém, deixaram bem claro que  a menina não tinha sido machucada com os dedos, mas sim com o órgão genital.

“A gente já sabia pelo médico que não tinha sido com o dedo, mas sim com o pênis (...) O obstetra falou que se fosse o dedo teria rompido o hímen e não rompeu, lacerou. Os dois obstetras falaram que era impossível ser mão, que aquilo foi feito por um órgão mais espesso e infelizmente foi o pênis”.

O acusado acabou confessando o crime e foi preso. Ele foi trazido para Manaus nessa segunda-feira (13) e deve seguir preso pelo crime. A criança está internada e está em tratamento médico.