Manaus/AM - A mãe de Emanoel de Jesus dos Santos Junior, de 23 anos, cujo corpo foi carbonizado após ser assassinado pelo amigo e professor de artes marciais Felipe Oder Carlos Bezerra, afirmou que não conhecia pessoalmente o acusado e que ele frequentemente arranjava empregos para a vítima.

A vítima e o acusado se conheceram na academia há cerca de 3 anos. "Nunca imaginei que ele iria matar meu filho. Ele sempre arranjava trabalho para o meu filho. Várias vezes, ele levou meu filho para fazer aulas de artes marciais. Ele se tornou o melhor amigo do meu filho. No bairro onde moramos, ele alugou um galpão para dar aulas aos jovens e conheceu meu filho na academia. Meu filho gostava muito de malhar. Ele também levou meu filho mais novo para as aulas, mas esse meu filho não gostava do Felipe, então se afastou, enquanto Emanoel continuou", contou Francisca Gonçalves à imprensa.

A mãe relembra que chegou a questionar o filho sobre a proximidade com o professor de artes marciais.  "Quem é esse Felipe, que eu nunca tinha visto, somente por foto agora. Como ele arranjava trabalho para o meu filho, agora que eu vim saber que ele devia dinheiro para o meu filho. Eu soube no depoimento que ele relatou ter tido um desentendimento com meu filho", acrescentou.

Dona Francisca conta que o filho foi iludido pelo professor com a promessa que também se tornaria um mestre, igual o amigo. "Quando meu filho parou de receber as mensagens no dia 26, comecei a procurá-lo. Não sei se ele estava sem internet. Pedi ajuda e a imprensa entrou em contato comigo, então coloquei ele como desaparecido. No dia 24, ele já tinha matado meu filho. A namorada do meu filho sempre brigava com ele por causa desse Felipe", continuou.

O crime teria sido motivado por uma dívida de R$ 1 mil que Felipe devia a Emanoel. O jovem foi trabalhar como vigilante em um sítio e lá teria tido um desentendimento com o professor, que resultou na morte da vítima.

Além do corpo de Emanoel, também foi encontrado o corpo de Bruno França Cândido, na entrada do Lago do Limão, no KM 30 da rodovia Manoel Urbano, na AM-070, em Iranduba.

Felipe e sua esposa, Keronlayne Duarte da Silva de Vasconcelos, foram presos e acusados de envolvimento nas mortes.