Manaus/AM - Raíssa Araújo Trindade Viana, 27, filha do candidato a vereador de Itapiranga, Igor Vianna, 44, foi presa juntamente com o pai na Operação Manoa, deflagrada hoje (19) em Manaus. 

O político, Raíssa e outras duas pessoas, identificadas como Beatriz Araújo dos Santos, 40, e Felipe Pinto do Nascimento, 31, são suspeitos de integrarem um pequeno grupo que transportava drogas de Roraima para o Amazonas e outros estados como Pernambuco, Ceará e São Paulo.

“As investigações foram capazes de mostrar a dinâmica que esse grupo agia, a forma de distribuição de drogas e também chegar no centro, no depósito onde eles armazenavam a droga, embalavam novamente para poder mandar essa droga para fora do estado de forma que não fosse então percebida”, afirma o delegado Rodrigo Torres.

Para isso, eles mantinham vários laboratórios e depósitos de drogas que funcionam em mansões de Igor, localizadas nos bairros Manoa, Novo Aleixo, Cidade de Deus e Lago Azul. 

“Conseguimos lograr êxito e encontrar drogas, armas, valores em espécies, joias, nas casas e no depósito que esse grupo utilizava para guardar droga e depois distribuir, bem como prender, quatro dos cinco principais criminosos que atuavam nessa organização criminosa”, ressalta.

Todas as casas foram alvos de mandados de busca e apreensão e tiveram vários bens e valores apreendidos. Segundo a polícia, todo o patrimônio adquirido com o esquema de tráfico está avaliado em mais de R$ 4,5 milhões.

Conforme a polícia, o esquema é liderado por Igor e essa não é a primeira vez que ele é preso. Igor já foi preso anteriormente pelo Denarc e, após novas investigações, foi constatado que ele estava novamente traficando drogas para fora do Estado.

Além disso, ele tentava se infiltrar na política por meio do município de Itapiranga.

“O alvo principal hoje é candidato a vereador no município de Itapiranga e com isso a Polícia Civil traz uma resposta efetiva para as organizações criminosas que têm interesse em adentrar na política. Nós vamos combater de forma enérgica para que isso não aconteça”, diz o delegado Paulo Mavignier.