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Genro confessa que matou sogra em Manaus por cobrar para cuidar dos netos

Por Portal Do Holanda

04/12/2023 13h28 — em
Policial


Foto: Divulgação

Manaus/AM - Amarildo Maia de Araújo Júnior, 34, preso na última sexta-feira (1), por matar a própria sogra, Maria Leila Mata de Freitas, 53, e jogar o corpo dela dentro de um camburão, disse que cometeu o crime porque a mulher pediu dinheiro para cuidar da filha dele.

A delegada Débora Barreiros contou na manhã de hoje (4), que Amarildo não planejou o crime. Ela contou que o mototaxista já tinha problemas de relacionamento com a sogra e que cometeu o crime em um momento de fúria.

“Eles nunca tiveram um relacionamento muito bom, porque, no dizer dele, a sogra não gostava dele, achava que ele era usuário de droga, que ele não acrescentava em nada pela família, então já existia ali uma rusga entre eles”, diz Débora.

No dia do feminicídio, Leila saiu de casa para ir até a casa do genro, que fica bem próximo à sua. Na ocasião, ela falou para outros familiares que iria cuidar dos netos.

“Leila saiu de casa com esse intuito de ficar com o neto. Quando chegou até o local, ela conversou com o genro, perguntando se ele tinha um dinheiro para emprestar para ela, que ela ficaria com a criança para que ele fosse trabalhar tranquilo. Ele saiu e nos disse que depois bateu uma revolta nele, uma vez que ele acredita que a avó não tinha que cobrar para que cuidasse da criança, até porque ela cuidava dos outros neto”, explica a delegada.

O homem também acreditava que Leila tratava a filha dele diferente das demais crianças.

“No entender dele, ele fazia uma diferença com a sua filha, porque ela é autista. Então ele dizia que todas as vezes que ela iria ficar com essa criança, ela pedia algum dinheiro”, detalha a delegada.

Revoltado com a situação, ele retornou à casa e surpreendeu Leila no momento em que ela estava sentada assistindo televisão. Amarildo aplicou um golpe mata-leão na sogra e a asfixiou até a morte.

Em seguida, pegou o corpo dela, colocou em um barril de água que tinha no banheiro e o escondeu até o dia seguinte.

Como a mulher não voltou para casa, os parentes chegaram a questioná-lo sobre ela, mas Amarildo negou que Leila tivesse ido à casa dele.

“Enquanto isso, ela ficou ali dentro desse tonel. Até que amanhecesse o dia, os familiares saíssem para os seus afazeres de trabalho e também para comunicar à polícia do desaparecimento dessa senhora. E, nesse momento em que ele ficou sozinho em casa, ele pegou esse tonel, encheu de entulho, colocou pedra, colocou o resto de obra e isopor e chamou um frete que tinha ali nas proximidades”, diz Débora. 

Com a ajuda do motorista, que segundo a polícia, não sabia do crime, Amarildo levou o corpo de Leila até o terreno próximo do Distrito Industrial 2 e descartou.

O corpo da sogra foi encontrado no dia seguinte com um catador de recicláveis. 

“A gente começou então as investigações, foi até o local de crime, levantou as primeiras informações, procurou câmera e na noite de quinta-feira, quando o Amarildo estava sendo pressionado pela família para que dissesse mais sobre o paradeiro da sogra, uma vez que ele foi a última pessoa que tinha visto ela com vida, ele se sentiu pressionado e tentou fugir. Os vizinhos seguraram ele, começaram a tentar linchá-lo, vinha passando uma viatura na 29ª Cicom, ele foi em direção aos policiais, pediu socorro, confessou sua participação nesse crime e foi trazido aqui para a DEHS”, diz a delegada.

Amarildo já tinha passagem pela polícia e agora vai responder pelo assassinato da sogra.



 


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