Grupo preso por sequestro e tortura em Manaus mirava envolvidos no tráfico de drogas

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Manaus/AM - As cinco pessoas presas em Manaus por envolvimento em um caso de extorsão mediante sequestro de um homem de 43 anos, costumavam cometer o crime contra pessoas que tinham envolvimento com o tráfico de drogas. As informações são da Polícia Civil do Amazonas.
De acordo com a polícia, as prisões ocorreram entre os dias 31 de março e 11 de abril, sendo a última realizada na terça-feira (15). Uma mulher de 33 anos foi presa, além de dois Policiais Militares identificados como Lucas Fernandes Santiago, soldado da Polícia Militar da 30ª Cicom, e Marcel Nunes de Oliveira, sargento da 4ª Cicom.

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O delegado Danniel Antony, adjunto da DEHS, informou que o grupo criminoso tinha como alvos pessoas ligadas ao tráfico de drogas. Após a escolha do alvo, os criminosos sequestravam a vítima e a submetiam a tortura.
“Eles seguiram esse mesmo procedimento com a última vítima. Planejaram a ação na noite anterior. No dia seguinte, renderam o homem, o retiraram de seu veículo e o colocaram em outro automóvel, iniciando então o sequestro. Em seguida, deram início às torturas e extorsões, subtraindo da vítima a quantia de R$ 5 mil”, detalhou Antony.
Ainda no dia do crime, os suspeitos tomaram conhecimento de que a equipe da Rocam já estava ciente do caso e realizando diligências. Diante disso, decidiram liberar a vítima.
A PMAM conseguiu identificar e prender em flagrante um dos envolvidos, que conduzia o veículo utilizado no sequestro. Ele foi encaminhado à DEHS, que deu prosseguimento às investigações, resultando na prisão de outros quatro participantes do crime.
O coronel PM Bruno Azevedo, chefe do Estado-Maior da PMAM, afirmou que os procedimentos administrativos já foram adotados para apurar a conduta dos dois policiais militares envolvidos no crime de extorsão mediante sequestro. “Os policiais militares já estão à disposição da Justiça e da polícia judiciária, e estão recolhidos no Núcleo Prisional da PM. A Diretoria de Justiça e Disciplina (DJD) já recebeu orientação para instaurar os procedimentos administrativos para verificar se eles reúnem ou não condições de permanecerem na instituição. É uma mensagem dura, mas ela é necessária, para mostrar o interesse e manifestação que a Polícia Militar tem de bem servir a população”, disse o coronel Azevedo.
Foragido - O sexto envolvido no crime, identificado como Kaíque Gomes da Silva, conhecido como "FH", ainda está foragido. Qualquer informação sobre o paradeiro de Kaíque Gomes da Silva pode ser repassada pelos números (92) 98118-9535, disque-denúncia da DEHS, ou 181, da SSP-AM. Segundo a polícia, a identidade do informante será mantida em absoluto sigilo.
Os indivíduos responderão por extorsão mediante sequestro, tortura, associação criminosa e lavagem de capitais e estão à disposição da Justiça.

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