Homem sofre traumatismo craniano após espancamento por ser confundido com estuprador
Oito pessoas não identificadas confundiram um homem de 35 anos com um estuprador de um retrato falado e decidiram espancá-lo, em Porto Alegre no Rio Grande do Sul. A vítima teve traumatismo craniano e está em estado grave no hospital Cristo Redentor.
Ele não tinha nenhuma relação com o caso de estupro, segundo a delegada Tatiana Bastos, da Delegacia da Mulher, onde o caso é investigado.
"Ele não tem vinculação com o estupro. Com a divulgação do retrato falado, houve um grande clamor nas redes sociais, mas ele não tem nenhuma semelhança com o estuprador. Pelo retrato falado, o estuprador seria um jovem com cerca de 25 anos, careca, magro e bem alto. As pessoas acharam algo parecido, mas as características não fecham. A gente já submeteu ele a apreciação das vítimas, e elas não o reconheceram”, afirma a delegada.
O homem espancado estava no local onde a vítima de 19 anos foi abordada, na Avenida Cristiano Fischer, próximo à PUC, o que era uma coincidência e levou os populares a acreditarem que de fato se tratava do estuprador.
Segundo a mãe do rapaz, ele é usuário de drogas e sua família já havia registrado B.O. procurando por ele, que estava desaparecido. Enquanto ele segue internado em estado grave, a polícia ainda procura pelo estuprador que não foi identificado. A delegada alerta que as pessoas não devem se precipitar ao identificar o suspeito na rua.
""Temos que orientar que as pessoas não procedam dessa maneira porque a abordagem deve ser feita pela polícia. Não temos a identidade do estuprador, e não é esse tipo de abordagem (violenta) que deve ser feita. Se as pessoas acharem um suspeito, devem ligar para o 190 imediatamente porque é melhor a gente perder um suspeito do que matar um inocente, como quase aconteceu neste caso."
A vítima do estupro se trata de uma universitária de 19 anos que estava voltando para casa no dia 9 de maio quando o estuprador a abordou em um ônibus e a levou até uma praça. Ele ainda chegou a perseguir outras vítimas, que tem relatado casos de abuso, segundo a Polícia Civil.
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