Mãe disse à família que bebê entregue para tráfico humano havia morrido no parto
Manaus/AM- A delegada Juliana Tuma revelou que a mãe da recém-nascida entregue para duas mulheres envolvidas com tráfico humano, mentiu para a família dizendo que a criança havia morrido no parto.
Ela chegou a apresentar um atestado de óbito falso da filha e convenceu os parentes da morte da criança. Para isso, elas premeditaram e planejaram minuciosamente como tudo deveria acontecer no momento em que a mulher desse entrada na maternidade na zona norte.
“Essa mãe chegou com a informação na família de que o bebê havia falecido (...) A própria mãe biológica nos admitiu que foi trocada a foto de uma carteira de identidade e ela apresentou na maternidade. Premeditadamente ela saiu com mais de 48h que é o normal da maternidade. Saiu em um sábado para que o cartório não estivesse na maternidade para que não fosse necessário que ela registrasse a criança”.
Juliana disse que a mulher deixou a unidade com um documento de nascido vivo e entregou o mesmo junto com a filha para Ester Soares e Vitória Soares, as duas irmãs que venderiam a criança posteriormente.
“A criança não foi registrada até hoje. Então nós enxergamos essa situação como tráfico de pessoas, de falsificação de documento público, de falsidade ideológica. Essa não é a configuração de adoção ilegal, se encaixa perfeitamente no tráfico de pessoas”, destaca.
A delegada revelou que a mãe da bebê chegou a se arrepender de entregar a filha e tentou recuperá-la, mas as mulheres afirmavam que era o pagamento pela dívida de drogas que ela tinha com traficantes e se recusavam a devolver.
A polícia segue com as investigações para apurar a participação de outras pessoas no esquema criminoso.
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