Padrasto que abusava de enteadas também estuprou a própria filha em Manaus
Manaus/AM- Ademir Barbosa da Costa, 50, o padrasto suspeito de estuprar quatro crianças enteadas, também violentava a própria filha, uma bebê de 2 anos. As vítimas eram entregues ao homem pela própria mãe, que foi presa na manhã de hoje (6), no bairro Colônia Antônio Aleixo, na zona leste.
“Nós identificamos cinco vítimas na mesma situação, dentre elas essa adolescente de 13 anos, a irmã de 14, a outra de 10, a outra de 8, e a outra de dois que é filha biológica desse homem que também era abusada sexualmente. Elas eram agredidas também principalmente”, diz a delegada Juliana Tuma.
A denúncia chegou à polícia depois que uma das vítimas, uma adolescente de 13 anos, pediu a ajuda de uma vizinha para ir até a delegacia, há cerca de uma semana. A delegada conta que os abusos eram frequentes e que a mãe chegou a dar a filha de 13 anos “de presente” para o marido.
“Elas viveram verdadeiros horrores na mão desse cidadão com a conivência da mãe por aproximadamente 4 anos (...) Quando eles levavam conhecimento da mãe, ela dizia: ‘Não aborreça ele’. Essa primeira vítima contou que desde os nove anos ela era abusada sexualmente por ele, aos 10 ela perdeu a virgindade com ele. E aí a partir de então, ela passou a ser abusada e agora ela completou 13 anos no dia que nós fizemos o depoimento especial dela. A situação é lamentável”.
As meninas chegaram a contar sobre os crimes para o irmão mais velho, de 16 anos, mas apesar de ele ter confrontado a mãe, nenhuma medida foi tomada.
“ O irmão sabia, só que o irmão é menor de idade e ele já tinha cobrado da mãe providências com relação aos crimes que aconteceu com as crianças, porém isso não aconteceu”, diz a conselheira tutelar Ângela Santos.
Na delegacia, a mãe negou as acusações, mas entrou em contradições durante depoimento.
“Ela negou, mas quando a gente levou ao conhecimento tudo o que a gente sabia, ela ficou muito sem graça e acabou dizendo que ele a ameaçava muito e que disse que ele já tinha matado muita gente e que por isso ela se sentia intimidada”, destaca a delegada.
A mulher vai responder pelo crime e deve permanecer presa.
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