PCC ofereceu R$ 3 milhões para matar empresário assassinado no Aeroporto de Guarulhos
O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, que foi morto no aeroporto de Guarulhos na última sexta-feira (8) havia entregado ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) gravações comprometedoras, revelando um esquema que envolvia seu possível assassinato.
Nos áudios, ouvidos pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) após o empresário firmar um acordo de delação premiada em abril de 2024, é discutida uma recompensa de R$ 3 milhões para matá-lo.
De acordo com a coluna do jornalista Josmar Jozino, do UOL. A gravação, realizada durante uma ligação em viva-voz para o celular de um policial civil, revela o valor de R$ 3 milhões como a quantia sugerida para "encomendar" o assassinato de Antônio Vinícius. Essa prova foi entregue ao MP-SP como parte das investigações sobre atividades criminosas relacionadas ao PCC (Primeiro Comando da Capital) e a uma empresa de ônibus ligada ao grupo.
As ameaças de morte contra Antônio Vinícius vinham em decorrência das delações que ele fez, nas quais detalhou crimes cometidos pelo PCC, incluindo o assassinato de dois narcotraficantes de alto escalão da facção: Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como "Cara Preta", e Antônio Corona Neto, o "Sem Sangue", ambos mortos em 2021.
Esses assassinatos estariam relacionados a um golpe de R$ 40 milhões que o empresário teria dado na facção, envolvendo um investimento em criptomoedas que foi desviado, gerando descontentamento e ameaças.
Em uma reviravolta, o policial civil gravado por Antônio Vinícius foi posteriormente preso em outra investigação conduzida pela Polícia Federal.
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