Alexandre de Silva Rangel, pai da jovem de 26 anos baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em uma rodovia do Rio de Janeiro, disse que achou que o carro da família estava sendo atacado por bandidos no momento do tiroteio. 

Ele estava acompanhado da filha e mais parentes, a caminho da ceia de natal nessa terça-feira (24), quando os PRFs, que não deram ordem de parada, atiraram contra o veículo, atingindo a cabeça da jovem, que passou por uma cirurgia e está em estado gravíssimo.

 "Na hora eu pensei que o carro da Polícia Rodoviária Federal fosse bandido. Eu pensei que era bandido atirando em mim, porque um policial não iria fazer isso. Eles desceram falando: 'Você atirou no meu carro por quê?" Eu falei: 'Nem arma eu tenho, como é que eu atirei em você?'", relatou.

A PRF admitiu que a ação foi um erro dos agentes, que ouviram disparos e deduziram que o barulho tinha vindo do carro da família, atirando contra o veículo e depois percebendo que cometeram um grave equívoco.  Em nota, o órgão disse que a Corregedoria investiga o caso, e os agentes foram afastados de todas as atividades.