Polícia procura 'Mano Kaio' e outros 7 envolvidos na execução de presos na frente de fórum
Manaus/AM – A Polícia Civil divulgou os nomes dos membros de uma facção Comando Vermelho, que estão sendo procurados por participarem do ataque a uma viatura que resultou na morte de dois presos na frente do Fórum Henoch Reis em janeiro deste ano, no bairro São Francisco, na zona Sul.
Entre eles estão os líderes da organização criminosa: “Mano Kaio”, Playboy” e “Professor”, que teriam ordenado as execuções. Há ainda cinco participantes do crime que foram identificados como “Fedor” ou “Piu-Piu” que ajudou na fuga dos executores, “Zarro” e “Pesadelo”, que atuaram como olheiros, “Tio Bobbio” e “Chulé”, que foram ao local e abriram fogo contra os detentos.
De acordo com a delegada Débora Barreiros, imagens de câmeras e informações repassadas à polícia ajudaram nas investigações, mas um celular foi a peça-chave para se chegar aos suspeitos.
“Fomos aos locais, ouvimos pessoas, recolhemos objetos pessoais deixados lá nos automóveis e a partir desse momento, de posse de um celular encontrado, nós conseguimos chegar em todas essas pessoas”, explica a delegada.
Em duas semanas, 10, das 18 pessoas apontadas como envolvidos foram presas e as buscas pelas demais continuam. Segundo o delegado Daniel Antony, o crime foi articulado e cada participante teve um papel específico.
“Nós conseguimos identificar três veículos usados na ação, uma atividade extremamente organizada por parte dessas pessoas que cometeram esse ataque contra a nossa VTR. Chegaram a fazer vigilância na delegacia onde essas vítimas foram apresentadas e a partir dessa vigilância, elas deram o ‘start’ (...) Houve um ‘salve’ autorizando esta situação”.
Os dois alvos do ataque Matheus Danilo Barros Dias, conhecido como "Percatinha", e Antônio Marlon Silva dos Santos, morreram, e um terceiro detento que também estava na viatura foi baleado, mas sobreviveu e segue preso.
Agora, a polícia concentra seus esforços para localizar e prender os foragidos e pede que a população ajude denunciando. Alguns deles estão fora do Amazonas, mas a polícia acredita que é apenas uma questão de tempo até que eles sejam presos.
Denúncias podem ser feitas de forma anônima através do telefone 181.
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