Manaus/AM - A polícia revelou na manhã de hoje (15), que Alberto Luiz Amaral dos Santos, 47, preso por matar um cachorro a facadas no Lírio do Vale, cometeu o crime simplesmente porque não gostava do animal por latir para ele.

“Esse animal era comunitário do bairro Lírio do Vale, ele era querido por todos. Mas esse cidadão, que foi preso preventivamente, não gostava do animal. Ele dizia que o animal latia para ele, avançava nele”, diz a delegada Juliana Viga.

Ela revela que Alberto já teria atentado contra a vida do animal em outras ocasiões, como quando tentou furá-lo com um espeto de madeira.  “Na verdade, ele já tinha tentado furar o animal com espetinho de churrasco e não conseguiu porque o animal fugiu semanas antes”.

No dia 7 de junho, porém, ele viu o cachorro na rua e decidiu executá-lo a facadas. 

“Ele foi em casa pegou uma faca grande, inclusive dá para ver no vídeo, e foi atrás do animal. Ele o esfaqueou com vários golpes, ele foi impedindo de esfaquear mais o animal porque uma uma outra pessoa um morador veio e jogou arremessou uma cadeira em cima dele. Ele cessou as agressões com relação ao animal e correu atrás desse cidadão”.

O cachorro foi socorrido por uma ONG e foi internado, mas os golpes perfuraram um órgão vital e ele não resistiu.

“Ele foi atingido com três estocadas dessa faca (...) O cachorro foi submetido a uma cirurgia e ficou internado por uma semana em recuperação, mas infelizmente no dia 14, veio a óbito por insuficiência respiratória porque uma das facadas atingiu o pulmão”, destaca.

Ao ser preso, neste fim de semana, ele alegou que matou o animal porque o mesmo o atacava, mas a população garante que o cão nunca avançou em ninguém.

“Era só com ele, porque as pessoas disseram que era um animal dócil, um animal que convivia com todos ali. Inclusive se alimentava do churrasquinho, das proximidades, mas com relação a ele, o Alberto se queixava que o animal avançava nele para morder”. 

Juliana ressalta que esta é a primeira prisão preventiva por morte e maus-tratos a animais e enfatiza que as leis estão ficando mais severas para quem comete esse tipo de crime.

“É uma pena bem mais elevada do que era anteriormente que comporta a prisão preventiva, que comporta a prisão em flagrante.  Inclusive, a autoridade policial sequer pode arbitrar a fiança nesses casos. A pena é de reclusão de dois a cinco anos, mas em virtude da morte do animal sim, ele pode sofrer um aumento de pena de um sexto a um terço”.

Alberto foi preso dentro de casa, no bairro Lírio do Vale, na última sexta-feira (12). Ele não resistiu à prisão.