Professor obrigava crianças a verem pornografia e baterem umas nas outras com palmatória
Manaus/AM - O professor de 44 anos, que não teve o nome divulgado, suspeito de estuprar ao menos quatro alunos com idade entre 8 e 11 anos em Tefé, obrigava as vítimas a assistirem filmes pornográficos e a castigarem uma às outras com uma espécie de palmatória.
O professor atuava na rede municipal de ensino, mas era na casa dele, onde o acusado dava aulas de reforço para as vítimas que os estupros aconteciam. de ensino Segundo a delegada Nathalia Oliveira, o caso foi descoberto após algumas crianças relatarem aos pais que não queriam mais ir para a escola porque eram proibidas, pelo professor, de tomar o café da manhã.
Alguns pais procuraram o Conselho Tutelar e denunciaram a situação. Como procedimento padrão, conselheiros foram à comunidade e conversaram com as vítimas e foi então que elas revelaram que não só ficavam com fome, como também eram abusadas e torturadas pelo professor.
“Eles descobriram que ele fornecia aulas de reforço e sobre esse pretexto, ele estava colocando filmes pornô para as crianças assistirem e também praticando (...) Foi relatado que o professor colocava os alunos em dupla para realizar as leituras e uma das crianças tem um problema na dicção e ela não conseguia ler perfeitamente. Por isso, ele colocava a outra criança para bater na outra com uma ripa, uma palmatória”, diz a delegada.
Além de serem agredidas e abusadas, as vítimas também eram ameaçadas para não contarem nada para os pais. Ao menos quatro vítimas já foram identificadas, até o momento, mas a polícia acredita que há muitas outras.
Ao tomar conhecimento das investigações, o professor veio para Manaus e foi preso aqui. Em depoimento ele confessou que privava as crianças da alimentação, mas negou os estupros.
“Ele reconheceu a questão da privação de merenda e afirmou que não permitia que esses alunos tomassem esse café da manhã porque não tinham concluído as suas atividades então às vezes os alunos chegavam com fome porque é uma comunidade carente (...) Ele reconheceu o pedaço de madeira que era palmatória, mas ele disse que utilizava para realizar alguns apartamentos no quadro e nega os dados de abuso sexual”, ressalta Nathalia.
ASSUNTOS: Policial