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Decisão da Meta é problema para a democracia, diz futuro chefe da comunicação de Lula

Por Folha de São Paulo

08/01/2025 13h45 — em
Política



BRASÍLIA, DF (FOLHAPERSS) - O escolhido por Lula (PT) para chefiar a Secom (Secretaria de Comunicação Social) governo, Sidônio Palmeira, disse nesta quarta-feira (8) que a decisão da Meta de pôr fim ao seu programa de checagem de fatos é um problema para a democracia.

Em entrevista a jornalistas durante evento de dois anos dos ataques golpistas de 8 de janeiro, o publicitário disse que seu objetivo no governo será fazer com que "a comunicação chegue na ponta".

"Isso é importante, e tem vários meios para isso", afirmou, acrescentando que os meios de comunicação mudaram com o avento das redes sociais, mas que entrevistas também são importantes.

Ao ser questionado se o anúncio do CEO da empresa, Mark Zuckerberg, complica esse objetivo do governo, Sidônio disse que "a decisão da Meta já é um problema". "É um problema também para a democracia, que a gente está discutindo aqui", afirmou.

Sidônio, que assumirá a Secom com a saída de Paulo Pimenta, conquistou a confiança do petista em 2022, ao comandar o marketing da campanha vitoriosa ao Palácio do Planalto.

Foi o terceiro baiano a executar a tarefa --em 2002, ela coube a Duda Mendonça e, em 2006, a João Santana.

Ao contrário dos antecessores, porém, Sidônio é pouco afeito aos holofotes, não gosta de ser chamado de marqueteiro e costuma criticar publicitários que ganham maior notoriedade que os candidatos.

Nesta quarta, ele também disse que a extrema direita ressurgiu com o surgimento das redes sociais, e que as redes proliferam notícias falsas e ódio. "Essa é uma característica inerente a isso. Não estou falando aqui do governo, estou vendo essa análise mais geral da gente fazendo estudo sobre esse tema", disse.

Nesta terça-feira (7), a Meta anunciou um conjunto de mudanças em suas práticas de moderação de conteúdo que devem pôr fim ao seu programa de checagem de fatos estabelecido em 2016 para conter a disseminação de desinformação em seus aplicativos.

Em vídeo publicado em sua conta no Instagram, Zuckerberg também atacou "decisões secretas" de tribunais latino-americanos. Sem citar o STF explicitamente, Zuckerberg diz que governo americano precisa ajudar a combater o que está sendo feito pelo Judiciário na região.

"Países da América Latina têm tribunais secretos que podem ordenar que empresas removam conteúdos de forma silenciosa", disse ele (leia a íntegra abaixo).

"Os fact checkers [moderadores] foram muito enviesados e destruíram mais confiança do que criaram, especialmente nos EUA. Vamos nos livrar deles", disse, definindo a eleição de Donald Trump como um ponto de virada para a liberdade de expressão.


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O Portal do Holanda foi fundado em 14 de novembro de 2005. Primeiramente com uma coluna, que levou o nome de seu fundador, o jornalista Raimundo de Holanda. Depois passou para Blog do Holanda e por último Portal do Holanda. Foi um dos primeiros sítios de internet no Estado do Amazonas. É auditado pelo IVC e ComScore.

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