Malafaia fala em seguir em frente com maturidade, após Bolsonaro negar mágoa e dizer 'isso passa'
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O pastor Silas Malafaia falou nesta terça-feira (8) em "seguir em frente", após um dia de briga no mundo do bolsonarismo.
A declaração do pastor à Folha ocorreu após Bolsonaro negar mágoa e minimizar as críticas feitas pelo religioso a ele. "Veja o que falei e ele falou. Temos maturidade! Vamos seguir em frente", afirmou.
Mais cedo, Malafaia acusou, em entrevista à coluna Mônica Bergamo, o ex-presidente de se omitir nas eleições municipais de São Paulo por medo de ser derrotado por Pablo Marçal (PRTB) caso o influenciador vencesse o prefeito Ricardo Nunes (MDB), com quem o ex-presidente firmou aliança e até indicou um vice na chapa.
Também disse que ele "sinalizou duplamente" em Curitiba. Na capital paranaense, o PL indicou a vice de Eduardo Pimentel (PSD) e Bolsonaro apoiou na reta final a Cristina Graeml (PMB).
As críticas ecoaram mal na bolha bolsonarista, e Malafaia foi amplamente criticado por apoiadores do ex-presidente nas redes sociais. Os ataques só deram trégua após declaração de Bolsonaro ao jornal O Globo. "Eu amo o Malafaia. Ninguém critica mulher feia. Ele ligou a metralhadora, mas isso passa", disse, minimizando as críticas do aliado.
Em defesa de seu pai, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse à coluna da Mônica Bergamo que "roupa suja se lava em casa e não em público".
O comportamento de Bolsonaro em São Paulo foi visto como errático por aliados, que afirmam que, ao tentar manter um pé em cada canoa, o ex-presidente perdeu a oportunidade de sair como padrinho do sucesso de Nunes.
Bolsonaro teve medo de apoiar o emedebista mais abertamente e se indispor com parte do seu eleitorado, que, apesar dos apelos e da indicação do bolsonarista Mello Araújo para a vice de Nunes, escolheram Pablo Marçal (PRTB) nas urnas.
Com uma pequena diferença dos dois primeiros colocados, Marçal ficou de fora do segundo turno, mesmo com o apoio de importante parcela do bolsonarismo. Seu futuro político, contudo, ainda é visto como incógnita por aliados do ex-presidente --o próprio Marçal disse que almeja disputar em 2026.
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