Presidente do PT diz que volta de doações de empresas para campanhas é 'grave retrocesso'
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, criticou nesta sexta-feira (11) a intenção de membros da cúpula do Congresso de se discutir a volta de doações eleitorais de empresas, proibidas em 2015.
"Trazer de volta as doações de empresas para campanhas eleitorais seria grave retrocesso. Caixa 2 e compra de votos são crimes que devem ser enfrentados e punidos com rigor. Simples assim. O financiamento público é um avanço democrático contra a influência do poder econômico na política.", escreveu Gleisi em publicação na rede Bluesky.
Em entrevista à Folha de S.Paulo na semana passada, o líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (PT-AP), defendeu a volta das doações e a redução da verba pública destinada ao fundo eleitoral.
Para algumas lideranças partidárias e outras autoridades, o fundo eleitoral, abastecido com verba pública, não foi bem assimilado pela população e ainda provocou novas distorções no financiamento das campanhas.
As doações empresariais para campanhas foram proibidas pelo STF na esteira da Operação Lava Jato. Na época, as investigações apontaram que, em alguns casos, as contribuições eram feitas pelas empresas a partidos e candidatos com o objetivo de obter vantagens em contratos públicos.
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