Asfixia perinatal: Conheça a 3ª maior causa de mortes em recém-nascidos
Cerca de 20 a 30 mil crianças brasileiras nascem anualmente com problemas de oxigenação no cérebro, quadro grave que pode levar o bebê à morte ou provocar sequelas graves.
Terceira maior causa de mortes de recém-nascidos no mundo, a asfixia perinatal é o tema do Setembro Verde Esperança 2024, ação promovida pelo Instituto Protegendo Cérebros, Salvando Futuros, em parceria com diversas instituições do Brasil e do mundo. Com o mote #EuRespiroaVida, o objetivo é disseminar ensino e estratégias para prevenção de sequelas neurológicas em recém-nascidos.
A asfixia perinatal é uma dura realidade. Após realizado o diagnóstico, estima-se que menos de 5% dos recém-nascidos com asfixia em nosso país têm acesso ao tratamento e suporte mais adequado, segundo estudo publicado no American Journal of Perinatology (2019). Como consequência, grande parte desses bebês podem ter seus futuros comprometidos por diversas sequelas neurológicas, muitas vezes evitáveis, como paralisia cerebral, deficiência cognitiva, cegueira ou surdez.
“Nosso objetivo é sensibilizar os setores público, privado e a sociedade de uma forma geral para a importância de políticas que visem a prevenção e o tratamento adequado e a redução do número de mortes de crianças devido à doença. No Brasil, são dois a três bebês por hora que nascem com falta de oxigenação no cérebro. Esse impacto precisa ser percebido e evitado por meio de medidas preventivas e estratégias de neuroproteção”, afirma o médico neonatologista Gabriel Variane.
Risco no Brasil e no mundo
No Brasil, estima-se que 20 a 30 mil crianças por ano nascem com problemas de oxigenação no cérebro, também conhecida por asfixia perinatal. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o quadro representa 23% de todas as mortes de recém-nascidos, tornando-se a terceira maior causa de óbitos neonatais no mundo. Essa condição pode ocorrer um pouco antes, durante ou logo após o parto.
ASSUNTOS: Saúde e Bem-estar