Entenda por que cair pode ser tão perigoso para os idosos
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Uma simples ida ao banheiro, um tropeço na escada sem corrimão, um escorregão no tapete. Situações simples, que fazem parte do dia a dia de todo mundo, mas que para os idosos podem, sim, ser perigosas. Como aconteceu com o artista Agnaldo Rayol, que morreu após sofrer uma queda em casa. Mas por que as quedas podem causar tanto prejuízo – o serem fatais – para os idosos?
De acordo com a médica geriatra Fernanda Damiani, alguns fatores ajudam a explicar os ricos de uma queda para pessoas mais velhas: a perda de equilíbrio e força muscular, a fragilidade óssea e a recuperação mais lenta.
“Com o envelhecimento, ocorre uma perda gradual de massa muscular e equilíbrio, tornando os idosos mais propensos a quedas. A densidade óssea tende a diminuir, resultando em maior fragilidade e maior risco de fraturas, especialmente no quadril, coluna e punhos. E, por outro lado, o processo de cicatrização e recuperação é geralmente mais lento, o que pode prolongar a imobilidade e aumentar o risco de complicações associadas ao repouso prolongado, como pneumonia e trombose venosa profunda”, explica a geriatra.
Além disso, muitos idosos têm condições crônicas, como artrite e doenças neurológicas, doenças cardiovasculares e diabetes, que podem dificultar a recuperação de uma queda ou agravar os ferimentos. “A osteoporose, por exemplo, aumenta muito o risco de fraturas graves. Em pessoas frágeis ou com condições pré-existentes, uma queda pode descompensar outras doenças, como problemas cardíacos ou pulmonares, levando a um colapso sistêmico”, diz a médica.
A especialista esclarece que uma queda pode levar à morte por várias razões. “Fraturas graves, como as de quadril, são especialmente perigosas porque muitas vezes requerem cirurgia, e o processo de recuperação pode ser longo e complicado. Durante esse período, o idoso pode sofrer complicações como trombose, embolia pulmonar, pneumonia, ou até infecções relacionadas à imobilidade prolongada. Além disso, traumatismos na cabeça podem causar hemorragias cerebrais, levando a danos neurológicos graves ou fatais”, alerta.
Mas é possível reduzir as chances de queda, especialmente em casa. Por isso, a geriatra listou algumas recomendações importantes:
Adequação do ambiente
Remova tapetes soltos ou coloque fita antiderrapante para evitar escorregões; organize os móveis para deixar passagens amplas e desimpedidas; instale barras de apoio no banheiro, próximo ao vaso sanitário e dentro do box
Iluminação adequada
Certifique-se de que todos os cômodos estejam bem iluminados, especialmente corredores e escadas; utilize luzes noturnas nos corredores e no banheiro para evitar quedas durante a noite
Superfícies antiderrapantes
Coloque tapetes antiderrapantes no banheiro e na cozinha; use calçados fechados, com solado de borracha dentro de casa, evitando chinelos ou meias escorregadias
Cuidado com escadas e desníveis
Instale corrimãos em ambos os lados das escadas; coloque fitas antiderrapantes nos degraus para aumentar a segurança
Exercícios de fortalecimento e equilíbrio
Incentive a prática de exercícios físicos regulares, para fortalecer os músculos e melhorar o equilíbrio, como alongamento, pilates ou fisioterapia
Atenção a medicamentos
Revise periodicamente os medicamentos com o médico, pois alguns podem causar tontura, queda de pressão ou sonolência, aumentando o risco de quedas.
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ASSUNTOS: Saúde e Bem-estar