Pesquisa aponta que 40% dos casos de demência poderiam ser evitados; veja os fatores de risco
A demência é um termo utilizado para descrever um grupo de sintomas relacionados à perda de funções cognitivas, como a memória, o raciocínio, a linguagem e a capacidade de realizar atividades diárias. É uma condição progressiva e, à medida que o tempo passa, os sintomas geralmente pioram. Ela pode ter um impacto significativo na vida da pessoa afetada e também nos cuidadores e familiares.
Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas com demência vai crescer em mais de 150% até 2050, passando de 55 para 139 milhões de casos. A doença apresenta diagnósticos de declínio cognitivo, em sua maioria pela doença de Alzheimer, que é progressiva, pois os sintomas pioram com o tempo e se tornou uma preocupação com o envelhecimento da população no Brasil, pois dados do Censo 2022 mostram que o número de idosos aumentou 57,4% nos últimos 12 anos. Veja sintomas:
- Perda de memória, especialmente em relação a eventos recentes.
- Dificuldade em raciocinar, tomar decisões e resolver problemas.
- Dificuldade em realizar tarefas cotidianas, como se vestir e preparar alimentos.
- Desorientação em relação a tempo e lugar.
- Mudanças de humor, personalidade e comportamento.
- Dificuldade com a comunicação e a linguagem.
Os cientistas descobriram 11 fatores que são associados de forma mais significativa a um risco maior para a demência ao longo dos 14 anos subsequentes. Enquanto três deles (idade, diagnóstico dos pais e ser homem) não podem ser alterados, 8 deles são modificáveis o que indica a possibilidade de intervir para reduzir o risco. Confira a lista completa:
O trabalho, publicado na revista científica BMJ Mental Health, analisou dados de dois grandes estudos de longo prazo, o UK Biobank e o estudo Whitehall II. Eles selecionaram 223.700 participantes com idades entre 50 e 73 anos e analisaram 28 fatores de risco estabelecidos para demência e sua associação com a incidência de novos casos.
Os pesquisadores descobriram 11 fatores significantes associados a um maior risco de demência ao longo de 14 anos. Embora 3 deles (idade, herança genética e ser do sexo masculino) não possam ser modificadas, 8 deles são modificáveis, sugerindo a possibilidade de intervenção para reduzir o risco. Veja a lista:
- Educação;
- Histórico e diabetes;
- Histórico (ou situação atual) de depressão
- Histórico de AVC;
- Classe socioeconômica mais baixa;
- Pressão alta;
- Colesterol alto;
- Viver sozinho
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ASSUNTOS: Saúde e Bem-estar