A osteoporose é uma doença que causa 200 mil mortes por ano no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Ela afeta principalmente as mulheres, devido às mudanças hormonais que ocorrem no climatério, especialmente durante a menopausa. Nessa fase, a queda na produção de estrogênio, hormônio que protege a massa óssea, contribui para o enfraquecimento dos ossos, aumentando o risco de fraturas.

A osteoporose é uma condição silenciosa, que só é detectada por exames de densitometria óssea ou após fraturas, como explica Elaine de Azevedo, da Sociedade Brasileira de Reumatologia. O diagnóstico é muitas vezes tardio, e cerca de 80% das pessoas que sofrem fraturas causadas pela fragilidade óssea não recebem o diagnóstico correto.

O grupo de risco inclui pessoas com doenças reumatológicas, diabetes e aquelas que não praticam atividades físicas regularmente. A prevenção envolve uma alimentação rica em cálcio e vitamina D, além da prática de exercícios físicos, como caminhada e musculação, que ajudam a fortalecer os ossos e evitar quedas.

Para mulheres na menopausa, a reposição hormonal pode ser uma opção de tratamento, desde que indicada por um médico. Medicações que retardam a perda óssea e ajudam a formar novos ossos também fazem parte do tratamento, que é contínuo e deve ser mantido por toda a vida. Além disso, é fundamental adotar medidas de segurança em casa para evitar quedas, como eliminar tapetes e evitar sapatos escorregadios.

A prevenção da osteoporose começa cedo, com hábitos saudáveis na infância e adolescência, quando o esqueleto está em desenvolvimento. Isso ajuda a garantir uma boa densidade óssea na vida adulta, reduzindo o risco de complicações na menopausa.