O uso excessivo da tecnologia pode trazer sérios problemas à saúde e, de acordo com uma nova pesquisa, alterar a química do cérebro. Um estudo publicado nesta semana por pesquisadores da Universidade da Coreia em Seul, na Coreia do Sul, aponta que jovens viciados em smartphones possuem mais chances de desenvolverem doenças como depressão, ansiedade, insônia e impulsividade. Ao realizar exames de ressonância magnética nos adolescentes, eles perceberam alterações no balanço do cérebro.

Os pesquisadores realizaram testes com duas dezenas de jovens com idade média de 15 anos que foram diagnosticados com vício em smartphones, sendo que metade deles chegou a passar por sessões de terapia cognitiva. Os participantes tiveram que responder a questões sobre como a doença afetava suas vidas em atividades diárias, na vida social, produtividade, em seu sono e emoções. Os resultados mostraram que os adolescentes mais viciados apresentaram notas maiores para ansiedade, depressão, impulsividade e insônia, indicando que essas são as áreas mais prejudicadas por esses setores.

Durante a análise, os jovens tiveram que passar por exames para medir o ácido gama-aminobutírico (GABA), neurotransmissor responsável por reduzir e inibir sinais cerebrais, e de glutamato-glutamina (Glx), que excita os neurônios. Ao mesmo tempo, foram realizados os exames de ressonância magnética, que mostraram um “descompasso” no balanço cerebral. Os viciados em smartphones também apresentaram maiores níveis das duas substâncias, algo que preocupa, principalmente, porque o GABA em excesso pode aumentar a ansiedade, sonolência e outros comportamentos prejudiciais.

Os pesquisadores perceberam que ao realizar terapia cognitivo-comportamental, os níveis de GABA foram reduzidos e até equilibrados.  Fonte: Yahoo.