Na última terça-feira, Manaus foi novamente alvo de uma situação vergonhosa e, infelizmente, recorrente: o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes alagou após intensas chuvas. Apesar de a administração garantir que os voos seguiram sem interrupções, o impacto disso para o turismo é inegável. Afinal, o aeroporto é a porta de entrada e saída para turistas, e essa "recepção" certamente não ajuda a promover nossa cidade como um destino turístico tranquilo.

É frustrante pensar que, mesmo após a concessão do aeroporto ao grupo Vinci Airports, esse tipo de problema persista. Já são anos de relatos de alagamentos, goteiras e falta de infraestrutura adequada. E quem sofre com isso? Todo o setor turístico. Imagine a impressão que fica para um visitante que, ao chegar ou sair da capital da Amazônia, encontra um terminal alagado. O desconforto e a insegurança são imediatos.

E não é só a chuva. Há anos que o aeroporto deixa a desejar em termos de conforto e serviços. Onde estão as opções de alimentação no embarque internacional? Apenas uma lanchonete. Isso não só limita as escolhas do passageiro, mas também deixa uma impressão pobre da nossa rica gastronomia. E as Salas VIPs? O que deveria ser um espaço de conforto e exclusividade oferece o básico. Estamos em um terminal que recebe voos internacionais e nacionais diariamente, mas a sensação é de que estamos num aeroporto de cidade pequena.

A verdade é que o turismo no Amazonas já enfrenta desafios suficientes sem precisar lidar com esse tipo de descaso. Um aeroporto moderno e funcional, tanto na estrutura quanto nos serviços oferecidos, é mais que essencial para a imagem que passamos ao mundo. 

A maneira que o turismo cresce, é óbvio que a demanda por melhores serviços cresce junto. Se queremos mais turistas, precisamos, no mínimo, garantir que sua chegada seja tranquila e com uma infraestrutura que corresponda à beleza e riqueza da nossa região.

Por um aeroporto à altura da nossa Amazônia. Turismo, Eu Acredito!