O Festejo de Santo Antônio de Borba, junto a outros eventos como ele, são um verdadeiro exemplo do poder transformador do Turismo Religioso no nosso estado. Durante quase duas semanas, de 1 a 13 de junho, o município se torna um verdadeiro polo de devoção e cultura, atraindo mais de 50 mil pessoas. 

Borba não é um caso isolado. A Festa de Nossa Senhora do Carmo, em Parintins, e as peregrinações em Itapiranga mostram que o Turismo Religioso pode ser um motor econômico vital em várias regiões do Amazonas. O segmento de turismo religioso movimenta cerca de R$ 15 bilhões anualmente no Brasil. Esse modelo, além de promover a fé e a espiritualidade, é um nicho que merece mais atenção e investimento tanto do setor público quanto privado.

A chegada dos turistas, principalmente via barcos e lanchas, evidencia a importância das nossas rotas fluviais. A procura por passagens aumenta até 70%, segundo os próprios operadores. Isso reflete não só o impacto direto no setor de transporte, mas também no comércio local, que vê um incremento significativo nas vendas. Hotéis, bares, restaurantes, salões de beleza e pequenos comerciantes e artesãos, por exemplo, registram um aumento de até três vezes na clientela diária, mostrando como todos se beneficiam dessa movimentação.

Promover estrategicamente eventos religiosos, sejam eles de qualquer crença, pode transformar pequenas comunidades pelo nosso estado em destinos turísticos reconhecidos nacional e internacionalmente. Não se trata apenas de lucrar, mas de valorizar e preservar a cultura, promover a integração social e proporcionar experiências inesquecíveis para os visitantes através desse poderoso modelo turístico.

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