O dilema da aviação regional no Amazonas

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Seis meses após anunciar a compra da companhia aérea MAP Transportes Aéreos (Passaredo/Voepass) por mais de R$ 50 milhões, a Gol Linhas Aéreas divulgou recentemente sua aquisição definitiva e aprovada pela Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Porém, o que pode parecer positivo para a aviação regional no Amazonas, na verdade é uma estratégia de aquisição dos slots do aeroporto internacional de Congonhas, ou seja, mais vagas para colocar voos na malha aérea nacional. Assim, perdemos uma companhia aérea que faz a conectividade com o interior em detrimento de mais lucratividade em rotas já consolidadas.
Até agora não temos, por exemplo, voos entre Manaus - Maués, com suas belas praias e grande potencial turístico; e Manaus - Barcelos, o grande destino da pesca esportiva no Amazonas. Já os os voos existentes entre Manaus, Parintins, Tefé, Coari e Eirunepé, podem deixar de existir.
Como avançar no turismo regional se o nosso interior continua isolado? O primeiro anúncio dessa compra foi feito em junho do ano passado, e até agora não houve nenhum plano de ação do governo em atrair investidores para que tenhamos uma empresa de aviação capacitada a atender nossas conexões.
É preciso solidificar as empresas de táxi aéreo dando isenção total de Imposto sob Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do combustível, disponibilizando linhas de crédito subsidiadas para aquisição de aeronaves, criando um corredor fiscal para peças e componentes e investindo na qualidade dos aeródromos, afinal de contas estes empresários locais são os verdadeiros transportadores de nossa gente.
Pelo incentivo da aviação regional, turismo eu acredito!

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