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Brigadista morre ao combater incêndio em terra indígena do Xingu (MT)

Por Folha de São Paulo

26/08/2024 19h45 — em
Variedades



SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um brigadista morreu, nesta segunda-feira (26), enquanto combatia incêndios numa terra indígena, em São José do Xingu (MT). A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), lamentou a morte.

Uellinton Lopes dos Santos, de 39 anos, trabalhava no Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais), do Ibama. O corpo do brigadista foi localizado a cerca de um quilômetro do local onde havia uma linha de defesa contra o fogo. Ele fazia o combate aos incêndios que ocorrem na região.

Em nota, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte do brigadista. "Um dos heróis que combatem os incêndios criminosos e irresponsáveis que acontecem em nosso país", declarou.

"Minha solidariedade aos amigos e colegas de trabalho de Uellinton, e o agradecimento do Brasil a Uellinton e a todos os guerreiros de órgãos federais, estaduais e municipais que estão combatendo as queimadas", afirmou o presidente Lula, em nota.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também se pronunciou. "Minha solidariedade aos familiares e amigos, assim como companheiros de equipe, nesse difícil momento. É uma perda lastimável para todos nós!", escreveu nas redes sociais.

Santos era considerado um brigadista experiente. Antes de entrar para o quadro do Ibama, ele trabalhou como brigadista do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), entre 2021 e 2014.

Brasil contabiliza 5.280 focos de incêndio em oito meses, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Desse total, 1.886 foram registrados apenas na última sexta-feira (23).

Até domingo (25), o país já registrava o maior número de focos de incêndio para agosto em toda a série histórica. Foram 3.482 incêndios somente neste mês. Pouco mais da metade dos focos foi registrada na sexta (23). O dia ficou marcado por uma série de incêndios ocorridos em vegetações e canaviais, que assustaram moradores e fecharam rodovias no interior de São Paulo.

Número de agosto é dez vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Em 2023, o Brasil somou 352 incêndios detectados pelos satélites. O seu recorde foi 72 focos no dia 23.

O número apontado pelo Inpe até agosto de 2024 já é considerado o sétimo maior da série anual histórica. O tempo seco na Amazônia e no Pantanal, altas temperaturas no Centro-Oeste do Brasil e incêndios em São Paulo ajudam a alavancar os números recordes.

A Polícia Federal informou ter aberto mais de 30 inquéritos para apurar as circunstâncias de incêndios ocorridos nos últimos meses em várias regiões. Boa parte dessas investigações estaria concentrada está na Amazônia e Pantanal.

"Já temos a abertura de 31 inquéritos entre Amazônia e Pantanal e dois, agora, no estado de São Paulo", afirmou Marina Silva.


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