SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS0 - A Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou nesta terça-feira (3) o projeto de lei orçamentária que prevê receita de R$ 124 bilhões para a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) em 2025.

A aprovação transcorreu de forma simbólica, e apenas a bancada do Psol, composta por cinco vereadores, registrou voto contrário.

A proposta, enviada à Casa pelo Executivo, deverá passar pelo segundo turno antes de ir à sanção ou veto do prefeito. A tendência é que isso aconteça no máximo em até duas semanas, após os vereadores apresentarem emendas ao texto.

No projeto enviado ao Legislativo, o prefeito estipulou uma receita de R$ 122,75 bilhões para o ano que vem. No entanto, o vereador Sidney Cruz (MDB), relator do orçamento na Casa, elevou a previsão de receitas para R$ 124,05 bilhões.

Em 2025, o orçamento de R$ 124 bilhões será o maior da história na cidade, 12% a mais em comparação com o de 2024: R$ 111 bilhões -que já havia sido um recorde na ocasião. A inflação de dezembro de 2023 a outubro deste ano é de 4,4%.

Em 2021, no ano em que Nunes assumiu a prefeitura em decorrência da morte de Bruno Covas (PSDB), o orçamento era de R$ 68 bilhões (R$ 87 bilhões, em valores atualizados).

As principais fontes de receita do município são a cobrança de ISS (Imposto sobre Serviços) estimada em R$ 37 bilhões e de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) em R$ 18 bilhões.

"Agora temos o terceiro maior orçamento do país, superando os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Estamos atrás apenas da União e do estado de São Paulo", afirmou Cruz.

Com o ajuste feito pelo relator, a pasta de Habitação foi contemplada com um R$ 1 bilhão a mais, que deve ser utilizado com o Programa Pode Entrar. Nesta modalidade, a prefeitura compra imóveis e os repassa aos beneficiários, que assumem parcelas de até 15% da renda -o restante é subsidiado pelo município.

Apesar do acréscimo de R$ 1 bilhão, a Secretaria de Habitação terá R$ 3,8 bilhões em 2024, praticamente a mesma receita deste ano. "A receita para Habitação chegou muito aquém em comparação com ano passado", disse Cruz.

Como de praxe, Educação (R$ 27,1 bilhões) e Saúde (R$ 22,8 bilhões) são as áreas com recursos mais altos.

O vereador Celso Gianazzi, responsável por registrar o voto contrário da bancada do PSOL, afirmou que os valores não atendem às necessidades da população "Estamos aprovando um orçamento de R$ 124 bilhões, mas certamente ele chegará no final de 2025 perto dos R$ 135, quase R$ 140 bilhões", disse o psolista.