SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pôlder é uma palavra de origem holandesa que se refere a áreas protegidas por um sistema interligado de drenagem para evitar que sejam alagadas, já que foram habitadas em terrenos que avançaram sobre trechos de corpos d'água, como rios, lagos, mares ou pântanos.

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Para evitar que bairros como o Jardim Pantanal, na zona leste de São Paulo, ocupado há mais de 40 anos na várzea do rio Tietê, passem dias debaixo d'água em épocas de chuvas, quando o rio enche, os pôlderes são instalados para criar uma barreira física, captar a água excedente e devolvê-la para a fonte de origem por meio de bombas de drenagem.

O projeto inclui a construção de um muro de contenção de alvenaria ou de terra em volta da área afetada. Canaletas são feitas entre o muro e o corpo d'água para servir como uma espécie de amortecimento para o fluxo que transbordou chegar até o reservatório, antes de ser bombeado de volta para o rio.

Esse sistema é usado em cidades que convivem com as cheias por terem avançado para áreas, até então, alagáveis, como Porto Alegre (RS), à beira do lago Guaíba. A capital gaúcha dispõe de um dique, o muro da Mauá, que visa a proteger o centro histórico, além de um sistema com 23 estações de bombeamento de águas pluviais.

A Holanda, país que faz parte dos Países Baixos, tem um terço de seu território abaixo do nível do mar. Por terem avançado sobre terrenos dentro do mar, as cidades desde a origem ergueram diversos diques, criando os pôlderes. Na era medieval, sem o sistema de bombas elétricas para drenar a água, eram usados moinhos de vento que funcionavam como motores primários para devolver a água excedente para o mar.